O ministro Kassio Nunes, indicado por Bolsonaro, alegou que não teve tempo de conhecer o processo e pediu mais tempo para proferir o seu voto, analisando se Moro agiu com imparcialidade ou não contra o ex-presidente Lula, na lava Jato.O processo começou ainda em 2018.
O ministro Ricardo Lewandowski decidiu antecipar o voto contra o ex-juiz, depois que a ministra Carmém Lúcia pediu para votar depois de ouvir o voto de Kassio Nunes.
Lewandowski disse considerar espantosa as mensagens trocadas entre Moro , Deltan e demais procuradores da Operação Lava Jato.
Segundo o ministro as mensagens configuram sucessivos atos ilegais cometidos pelo ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro.
Antes dele, o ministro Gilmar Mendes, na segunda turma do STF, acaba de votar pela suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, a pedido da defesa do ex-presidente Lula. “Não se combate crime cometendo crimes”, comentou, ao votar. “Moro gerenciava projeto de poder que passava pela deslegitimação do PT e de Lula”, diz Gilmar ao declarar suspeição do ex-juiz.
Edson Fachin votou pela negação do pedido.
A votação é uma derrota do ministro Fachin, que tentou nesta segunda-feira anular as decisões de Curitiba e, com isto, deixar sem objeto a reclamação contra Moro.
Ele chegou a pedir a suspensão do processo, mas ficou isolado, pois até a ministra Carmem Lúcia disse que o caso era gravíssimo e deveria ser votado ainda nesta tarde.
A ministra pode mudar o voto, se achar que deve.
O voto mais aguardado é o do mais recente indicado por Bolsonaro, Kassio Nunes, pois Mendes e Lewandowski são críticos dos procedimentos da Lava Jato desde sempre.