Petroleiros de Sindipetros filiados a Federação Única dos Petroleiros (FUP) iniciaram greves regionais no Amazonas, em São Paulo e no Espírito Santo.

Na Bahia, a categoria retomou por tempo indeterminado a greve temporariamente suspensa durante negociação com a Petrobrás.

Sem avanços, os petroleiros recomeçaram o movimento nesta madrugada de domingo.

Houve ainda mobilizações e protestos na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, e na Usina do Xisto (SIX), no Paraná.

Nas duas unidades, os trabalhadores também aprovaram a greve e devem iniciar o movimento nos próximos dias.

Nas demais bases da FUP, a categoria segue em assembleias.

De acordo com os sindicalistas, o movimento cobra da Petrobrás condições seguras de trabalho, o fim do assédio moral a trabalhadores, a manutenção dos empregos e o respeito ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Além disso, a mobilização quer chamar a atenção da população para os prejuízos da “privatização aos pedaços” da Petrobrás que a atual gestão está promovendo, como a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, para o Fundo Mubadala, por US$ 1,65 bilhão, valor abaixo do mercado. “A greve se faz necessária porque a gestão da Petrobrás insiste em não negociar pontos sensíveis para a nossa categoria.

Sempre estamos dispostos à negociação e ao diálogo, mas, infelizmente, a empresa não tem valorizado essa característica.

Mesmo quando propõe mesas de negociação, a Petrobrás ignora nossas reivindicações e não faz contrapropostas”, disse o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.

Além das reivindicações da categoria, Bacelar diz que a mobilização quer mostrar à sociedade os impactos que a política de desinvestimento da atual gestão da Petrobrás terá sobre a população e a própria companhia. “Os ativos vendidos e à venda, com raríssimas exceções, têm valor presente líquido positivo e podem gerar lucros para a Petrobrás por muitos anos.

No entanto, alegando um endividamento bastante questionável, a gestão da empresa se desfaz de verdadeiras ‘galinhas dos ovos de ouro’.

No final, a conta também será paga pela população, já que o governo federal é o maior acionista da Petrobrás”, afirma.