Veja abaixo o comunicado do grupo Em meio a críticas por valor do auxílio emergencial do carnaval, Prefeitura do Recife publica pagamento de R$ 200 mil para cantora Fafá de Belém Cachê de R$ 200 mil para Fafá de Belém gera ’treta’ entre vereadores do Recife Na última semana, as prefeituras do Recife e Olinda e o Governo de Pernambuco anunciaram projetos de lei para a implementação de um auxílio emergencial para o setor musical diante dos inúmeros prejuízos causados pelo cancelamento do Carnaval devido à pandemia de Covid-19 que ainda persiste no país.
Somos a favor de toda e qualquer ação neste sentido, tendo em vista que o ACORDE se manifesta sobre a necessidade de haver uma maior atenção ao setor desde o começo da pandemia.
Em pesquisa realizada entre agosto e setembro do ano passado, verificamos a fragilidade do segmento diante da crise, uma vez que 70% dos profissionais pesquisados têm no trabalho com a música a sua principal fonte de renda.
E deste percentual, 89% trabalha com apresentações ao vivo em eventos de pequeno a grande porte.
Dentre os pesquisados, 78% indicam trabalhar diretamente nos ciclos festivos realizados por prefeituras ou pelo Governo do Estado, seja atuando na área artística (74%) ou na área técnica (25%).
No entanto, em todos os projetos que as prefeituras e o governo do estado sugeriram, não estão contempladas as principais demandas que o ACORDE enviou aos gestores públicos em reuniões realizadas em janeiro deste ano.
Trabalhadores das equipes técnicas e de produção atuantes nos ciclos festivos, foram totalmente excluídos das propostas.
A desigualdade histórica existente no tratamento dispensado aos artistas de chão e de palco se mantém praticamente intacta na medida em que a administração pública apresenta uma proposta de corte horizontal de 50% nos cachês (no caso do Recife) e de 35% (em Olinda), impondo um teto para os auxílios, mas sem impor um piso razoável.
Esta redução representa uma precarização ainda mais profunda de um setor que já vem enfrentando crises em sequência.
Diante do exposto, o ACORDE se reuniu com vereadores e deputados estaduais nos últimos dias para apresentar soluções e alterações nos Projetos de Lei para que sejam incluídas as demandas que também atendam a categoria técnica e um equilíbrio justo entre os cachês dados a artistas de palco e agremiações de cultura popular.
Esperamos que os legisladores do Recife, de Olinda e de Pernambuco possam analisar as propostas e sugestões que foram protocoladas para que o segmento musical do estado não venha a ficar sem amparo e atenção num momento tão triste como este.
Acorde, levante pela música PE