O relator Ricardo Lewandowski e depois Kassio Nunes votaram pela liberação; Fachin lê seu voto em sentido contrário.

Depois, Carmém Lúcia também concordou.

Por último, Gilmar Mendes também deu voto a favor do compartilhamento aos dados.

A principal argumentação foi que, se a polícia e os acusadores tiveram direito de acesso aos dados, qual a razão para não dar também acesso à defesa, em um processo.

Os advogados de Lula queriam analisar as conversas para colocar em suspeição a atuação do ex-juiz Sergio Moro quando ele estava à frente da 13ª Vara de Curitiba, onde corriam os principais casos da Lava Jato.

Isso pode levar à reversão das condenações do petista.

Em 2019, um grupo de criminosos cibernéticos hackearam o celular pessoal de Moro, levando à divulgação de conversas com o procurador Deltan Dellagnol em que tratavam de detalhes e andamentos da operação Lava Jato.

Os crimes chegaram à Polícia Federal (PF) e resultaram na Operação Spoofing, que autentificou a veracidade das mensagens.

Além de Moro e Dellagnol, outros integrantes da força-tarefa, membros do Executivo e parlamentares do Congresso também tiveram contas invadidas pelos hackers.

Segundo a legislação brasileira, a Justiça não pode usar provas obtidas de forma ilegal.

Porém, há brechas para casos em que o material possa ser utilizado quando benéfico ao acusado.

Mas o STF decidiu que não era o caso desta vez.

Com informações do STF no Youtube.