Morreu, na cidade do Recife (PE), o sindicalista pernambucano José Calixto Ramos, que presidia a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), vítima de um infarto, ocasionado por complicações geradas pelo covid-19.
Aos 92 anos, Calixto era atuante entre o meio sindical.
Natural da cidade de Ipojuca, região metropolitana do Recife, morava em Brasília (DF) há décadas.
Nordestino, o sindicalista fazia questão de enaltecer seu estado por onde passava, e voltava à terra natal periodicamente – coincidentemente, Pernambuco foi o local onde nasceu e acabou falecendo.
De acordo com aliados, entre suas contribuições para os brasileiros, além de comandar duas entidades sindicais, foi ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Nos últimos anos, mesmo mantendo a sua convicção quanto à necessidade da preservação da organização sindical, Calixto defendia a realização de reformas na estrutura dos sindicatos, dizendo que era urgente “uma reengenharia” para transformar as práticas do sindicalismo e até mesmo alterar aspectos da legislação trabalhista neste sentido.
Várias centrais sindicais brasileiras e entidades de representação, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Força Sindical e o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), lamentaram o falecimento do sindicalista.