Em 4 de janeiro, promotores e procuradores de Justiça que compõem o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vão votar para escolher o chefe da Instituição para o período entre 2021 e 2023.
Pela situação, do grupo que está na atual gestão de Francisco Dirceu Barros, disputam os promotores Alexandre Augusto Bezerra (ex-corregedor), Maviael de Souza Silva (ex-secretário geral) e Paulo Augusto de Freitas Oliveira (ex-chefe de gabinete).
Pela oposição à atual gestão, é candidato o promotor Marcos Antônio Matos de Carvalho (ex-presidente da Associação do MPPE).
O atual procurador geral de Justiça não poderá disputar, por estar exercendo o segundo mandato seguido.
Dirceu Barros, atual chefe do MPPE, diz internamente não ter um favorito para a disputa entre os três promotores que fizeram parte de sua gestão.
A campanha está sendo feita pelas redes sociais.
Alguns dos candidatos já tem sites, vídeos e banners com material de campanha.
Os três candidatos mais votados vão compor uma lista tríplice, que será encaminhada ao governador do Estado, Paulo Câmara (PSB), a quem cabe escolher um dos três nomes para chefiar o Ministério Público no biênio 2021-2023.
Segundo a Lei Orgânica do MPPE, podem concorrer ao cargo de procurador-geral de Justiça os membros do MPPE com mais de 35 anos de idade e dez anos de carreira.
A novidade da votação deste ano é a adoção do sistema Votus, que permitirá a votação à distância por meio eletrônico.
Os membros do MPPE poderão utilizar qualquer dispositivo conectado à internet para escolher seus candidatos na cédula eletrônica.
Para a promotora Maria Ivana Botelho, presidente da Comissão Eleitoral, a expectativa é de um ganho na efetividade do trabalho em comparação com as votações anteriores. “Na apuração dos votos, por exemplo, esperamos que haja uma diferença abissal em relação às eleições passadas.
A contagem será feita pelo sistema em vez de termos que apurar os votos manualmente, logo o resultado sairá com mais rapidez.
Além disso, diante da situação da pandemia, a votação remota é uma medida que resguarda os membros do MPPE.
Claro que, por um lado, a gente perde um momento de confraternização com os colegas, mas a praticidade de votar de onde o eleitor estiver, sem a necessidade de deslocamentos, é um benefício para nos proteger, neste contexto de pandemia, e deve se perdurar como novo formato”, relatou Maria Ivana Botelho.
O cargo de procurador geral de Justiça é importante, inclusive no campo político.
Cabe ao titular as ações penais e pedidos de prisão contra prefeitos, deputados estaduais, secretários estaduais, dentre várias outras autoridades de foro privilegiado. (com informações do site oficial do MPPE)