A nova gestão municipal do Recife aposta que terá a oportunidade de realizar a festa popular de Carnaval, no segundo semestre, depois que a vacinação contra o coronavírus já tiver sido massificada pelo Brasil.

A aposta concentra-se em uma saída política, a partir de um discussão na comissão de acompanhamento externo da Covid, na Câmara Federal, que tenta mudar o feriado do Carnaval para o junho ou julho próximos.

São cinco cidades envolvidas na discussão: Recife, Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

São estas as cidades que mais recebem fluxo de turistas nestas festa de Carnaval pelo Brasil e as principais interessadas em uma compensação para as cadeias de produção afetadas, como bares, restaurantes, pousadas, hoteis, taxi e uber.

Ainda não há o entendimento de qual será o melhor mês para a festa adiada.

Para o Recife, a melhor data seria julho ou agosto, depois do São João.

Mas para SP e RJ seria junho, já que eles não têm festa de São João.

Quem tá coordenando a discussão é o deputado federal Dr.

Luizinho, do PP do Rio de janeiro.

Ele é o coordenador dessa comissão externa.

O deputado fez reuniões com a Liesa (Liga das Escolas de Samba), no Rio, que está de acordo com a proposta, e tem o apoio de vários deputados, em especial do Nordeste, preocupados com as perdas no turismo. “É evidente que dependemos da vacina para a festa acontecer, mas tenho acompanhado de perto o assunto por causa da Comissão Externa e com certeza em julho já teremos condições sanitárias para realizar as festas que foram adiadas e que são fundamentais para a economia de muitas cidades, inclusive a do Rio”, disse o deputado.

Por isso, o presidente da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19, Dr.

Luizinho (PP-RJ), protocolou o PL 5129/2020, que sugere remarcar o período de festas para julho quando, segundo as expectativas da Fiocruz, já haverá vacina disponível para os brasileiros.

Em Petrolina O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), defendeu na manhã desta sexta-feira (18) que uma eventual transferência das comemorações do carnaval em 2021 para outro mês, que não fevereiro, deve ser debatida entre as autoridades locais.

Em entrevista ao Passando a Limpo, da Rádio Jornal, Coelho lembrou que, no meio do ano, já há a expectativa pelas comemorações juninas que são muito tradicionais no Nordeste.

O comentário foi feito após a decisão do governo estadual de cancelar o carnaval no início de 2021, em função do crescimento da pandemia do novo coronavírus. “Eu acho que isso [suspensão do carnaval em fevereiro de 2021] já era previsível.

Ninguém tem a previsão de imunizar todo mundo até fevereiro.

Pelo contrário, a imunização deve começar em fevereiro”, disse.

Adiamento para o meio do ano Miguel foi questionado sobre a possibilidade de adiar os eventos carnavalescos para meados de junho ou julho. “O que me preocupa pelo critério regional, até pela tradição do Nordeste, é que se jogar [o carnaval] para junho ou julho, mexe com o São João”, lembrou o gestor sertanejo, reforçando que as comemorações juninas também movimentam uma economia estruturada em torno da data. “A gente precisa ter muita cautela para não imprensar o calendário.

Esse debate não pode ser feito de Brasilia, tem de ser feito localmente”, defendeu Miguel Coelho.