A Câmara Municipal do Recife finalizou a licitação para custear a “festa” da posse dos vereadores, prefeito e vice-prefeito do Recife.

Segundo o ato oficial, os gastos poderão chegar a até R$ 70 mil reais para a solenidade dos eleitos.

Foi vencedora do pregão uma empresa de eventos.

Inicialmente, a estimativa de gastos chegava a um máximo de R$ 132 mil, mas o valor foi reduzido com a disputa entre as empresas interessadas.

A licitação causou polêmica, após ser divulgada pelo blog em primeira mão.

Os vereadores do Recife exigiram, no edital oficial da licitação, flores raras, como astromélias, dentre outras.

Vereadora mais votada pelo PT, a professora Liana Cirne fez requerimento pedindo o cancelamento da “festividade”.

A eleita disse ter ficado constrangida com os gastos, em um momento que a população passa por dificuldades financeiras com a pandemia.

O Ministério Público de Contas (MPCO), por sua vez, recomendou que os gastos supérfluos da licitação fossem cortados.

O procurador Cristiano Pimentel alegou que os recursos deveriam ser priorizados para o enfrentamento da covid-19.

Em nota oficial, a Câmara informou que iria acatar a recomendação do MPCO.

Informações de bastidores indicam que há possibilidade da Câmara cancelar a solenidade, permitindo apenas vereadores eleitos, prefeito e vice na posse, sem convidados, devido ao aumento de casos de covid-19 nos últimos dias. “Não ia pegar bem solenidade com convidados, com as UTIs lotadas”, diz um vereador, sob reserva de fonte.

Está reforçando este movimento interno na Câmara, de cancelamento da posse solene presencial, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ter determinado que a diplomação dos eleitos seja feita de forma virtual, nas cidades de Recife, Olinda e Jaboatão.