Por Simone Santana, em artigo enviado ao blog Existe uma frase de Michelle Bachelet de que gosto muito e que costumo citar sempre que falo sobre representatividade feminina nos espaços de poder.

Ela diz: “Quando uma mulher entra na política, muda a mulher.

Quando muitas mulheres entram na política, muda a política”. É o que observamos no Brasil com a ocupação - lenta, mas em expansão - das mulheres nos cargos públicos de decisão.

No ano passado, as mulheres de Pernambuco se viram representadas pela primeira vez na vice-presidência da Alepe, e a Mesa Diretora contou de forma pioneira com duas mulheres em sua composição.

Embora essas duas vagas signifiquem menos de 15% do total de cadeiras na diretoria, sabemos do poder deste avanço para a qualidade de nossa democracia.

Somente em 2019, nós deputadas presidimos sessões plenárias por 60 vezes, enquanto em 2018 o número não passou de 12.

Para ilustrar a importância deste avanço, basta perceber que as estudantes que assistiram às sessões, presencialmente (no início do ano), ou virtualmente pela TV Alepe, viram que é possível sonhar em ocupar esses espaços.

Por isso, tenho muito orgulho de ter sido eleita a primeira vice-presidente desta Casa, e de ter tido a oportunidade de inclusive presidir a Assembleia.

Não por vaidade, mas pelo poder da representatividade.

Sei do tamanho da responsabilidade que é servir de exemplo, porque o caminho que estamos desbravando abre a passagem para muitas outras mulheres.

Por isso, foi importante dobrar a presença feminina na Mesa Diretora.

Nas últimas eleições para este espaço de decisão, aumentamos a representatividade feminina de 14% para 28%.

Tenho certeza de que as quatro deputadas eleitas (Alessandra Vieira, Dulci Amorim, Fabíola Cabral, além de mim) não medirão esforços para desempenhar suas funções com lisura, responsabilidade e competência.

Vamos juntas mudar a política.