A medida de contenção já era esperada nos meios políticos, depois do fim do segundo turno no Recife e o crescimento da segunda onda do coronavírus no Estado de Pernambuco.
A avaliação corrente era que, em Salvador, a eleição municipal acabou no primeiro turno.
No Recife, arrastou-se para um segundo turno.
Após negar ‘segunda onda’, Governo de Pernambuco contrata R$ 15 milhões em UTIs de hospital particular Pois bem.
O Governo de Pernambuco, alegando agora uma análise do Gabinete de Enfrentamento à Covid-19, anunciou, nesta segunda-feira (07.12), a proibição de shows, festas e similares, com ou sem cobrança de ingresso, independente do número de participantes.
Segundo a medida, casamentos, formaturas e eventos sociais semelhantes são exceções, e poderão ser realizados, desde que cumpram os protocolos.
O governo Paulo Câmara disse que a medida teve como base o atual momento epidemiológico e vale para todo o Estado, e inclui a proibição de shows e festas em comemoração ao Natal e Réveillon, realizados em espaços públicos ou privados, como condomínios, clubes, hotéis e estabelecimentos afins, com ou sem cobrança de ingresso.
O decreto entra em vigor a partir desta terça (08.12), quando será publicado no Diário Oficial do Estado.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, André Longo, Pernambuco fechou a semana epidemiológica (SE) 49, no último sábado (05.12), com alta nos indicadores de solicitações de UTI, casos de SRAG, além de aumento nas taxas de ocupação dos leitos, o que configurou a semana como a 3ª seguida com aumento dos patamares epidemiológicos. “Na Semana 49, houve aumento de 5,6% nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, suspeitos para a Covid-19, na comparação com a Semana 48, e de 18% em relação à Semana 47”. “Intensificamos a fiscalização no último fim de semana e constatamos o descumprimento dos protocolos em alguns bares, restaurantes e clubes que promoveram festas e shows.
A fiscalização, a partir de hoje, será ainda mais intensa, para coibir as situações de descumprimento dos protocolos e também para conscientizar a população”, explicou o secretário.
No último final de semana, o Procon Estadual, em ação com a Polícia Militar, Bombeiros e Brigada Ambiental, vistoriou 16 estabelecimentos, chegando a interditar ou notificar sete deles. “Se continuarmos a ver a recorrência do descumprimento de protocolos, ações mais duras poderão ser adotadas nestes setores de lazer e entretenimento”, disse Longo.
O secretário de Saúde disse que, diante do aumento das taxas de ocupação, o Governo do Estado vem trabalhando para abrir novos leitos. “Em menos de um mês, já reativamos 150 leitos – os últimos 20, inclusive, foram abertos nesta segunda-feira na Maternidade Brites de Albuquerque”, concluiu.
Aviso foi dado na semana passada Após negar ‘segunda onda’, Governo de Pernambuco contrata R$ 15 milhões em UTIs de hospital particular Apesar da ocupação dos leitos de UTI para a covid-19 em Pernambuco ter ultrapassado os 80% (oitenta por cento), a Secretaria Estadual de Saúde tem reiterado que não há uma “segunda onda” da pandemia de coronavírus no Estado.
O Governo do Estado, contudo, celebrou um contrato de emergência no valor de R$ 15 milhões, com um hospital particular, para leitos da covid-19 de UTIs (com ventiladores mecânicos).
A assinatura do novo contrato foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (3), ratificada pelo secretário estadual André Longo.
O documento diz que o contrato é para “dispensa de licitação emergencial, para Oferta de leitos de enfermaria com suporte ou não de Ventilação Mecânica Leitos de Unidade Intensiva em todas as faixas etárias para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do COVID-2019”.
Ao contrário de Pernambuco, o Estado da Bahia já divulgou que está entrando na “segunda onda”.
Nesta quinta-feira (3), o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, falou que os números preocupam o Estado vizinho. “Nós já estamos completando três semanas sucessivas de crescimento progressivo e contínuo do número de casos.
Portanto, é possível falar que já estamos entrando numa segunda onda, que vem num cenário mais grave do que o que enfrentamos o início da pandemia”, alertou o secretário baiano, em entrevista à TV Bahia.