Nesta segunda-feira (30), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ( PSDB ) disse que seu partido deveria entrerrar “seus esqueletos “, como o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e o senador José Serra (PSDB-SP).
Em uma entrevista ao UOL , FHC foi questionado sobre o que o PSDB deveria fazer com “seus esqueletos” e, na ocasião, o jornalista citou três exemplos: Aécio, Serra e Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo.
Nisso, FHC respondeu: “Acho que, esqueleto, o próprio nome diz: tem que enterrar, né?”.
Ele também acrescentou: “Agora, nem todos são esqueletos.
Alguns parecem ser, mas estão vivos ainda.
Então, não vai enterrar antes da hora.” Então, o ex-presidente fez elogios à participação de Alckmin nos resultados das eleições municipais deste anos, mas não mencionou nada sobre Aécio e Serra. “O PSDB tem dificuldade nesta matéria [de fazer autocrítica] e paga preço por isso também.
Onde é que nós fomos realmente vitoriosos [nestas eleições municipais]?
Certamente em São Paulo.
Por quê?
Por que o Geraldo Alckmin é um sujeito que todo mundo sabe que é sério.
Ninguém põe em dúvida a seriedade do Geraldo.
O PSDB tem a tradição de ter uma certa efetividade.
Em São Paulo, vai bem”, comentou.
Ainda na entrevista, FHC pontuou que, em sua opinião, o PT sofreu mais derrotas nestas eleições porque surgiu com a “áurea de corrigir o Brasil”. “Aí, chegou lá e teve o ‘mensalão’.
Se fosse em outro partido, talvez não tivesse marcado tanto o partido.
O que se esperava do PT, em termos de pureza, foi muito grave.
O PSDB nunca teve nem ares de tanta pureza como o PT e nem fez coisas tão graves quanto o PT.
As pessoas não ligaram a legenda aos maus feitos diários.
No PT, parece que o partido está por trás de tudo”, explicou.