Manoel Fernandes, Diretor da BITES, em informe ao blog O prefeito Bruno Covas, candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, tem um problema a resolver faltando quatro dias para o segundo turno: o interesse da opinião pública da cidade no seu vice Ricardo Nunes.
Nas últimas 24 horas, entre as 25 buscas mais recorrentes no Google Brasil com origem em São Paulo sobre o tucano, 22 fazem associação com Nunes.
Nunes está sendo criticado por denúncias envolvendo recursos destinados para as creches municipais e um suposto caso de violência doméstica.
O desafio de Covas é reagir dentro do ambiente digital.
Amparado na sua densidade política analógica e na exposição obtida durante a pandemia da Covid-19, o prefeito não priorizou na sua campanha uma estratégia digital consistente.
Hoje, esse espaço de conversa com o eleitorado é dominado por Boulos.
Nos últimos sete dias, Covas está tentando recuperar o tempo perdido e resolveu investir com mais intensidade na amplificação de seus posts no Facebook.
Ele gastou R$ 63 mil no período, o equivalente a 24% dos recursos totais destinados ao impulsionamento de conteúdo.
No mesmo intervalo, Boulos destinou R$ 15 mil (6% do investimento total no Facebook).
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil O candidato do PSOL distribuiu melhor até aqui a sua verba de natureza digital para amplificar as mensagens da sua fanpage.
No campo das interações, quando os seguidores compartilham, curtem, comentam ou fazem um retuite da mensagem do candidato, Boulos conseguiu 32 milhões de interações desde 27 de setembro, quando a campanha começou.
Covas ficou com 7,7 milhões.
Desde o final do primeiro, a vantagem do candidato do PSOL aumentou com 7,7 milhões de interações contra 312 mil do tucano.
Diferença de 23 vezes.