Com informações do JC Online Durante debate realizado nesta terça-feira (24) na TV Jornal sobre o segundo turno da disputa pela prefeitura do Recife, a candidata Marília Arraes (PT) se esquivou de “armadilhas” do adversário João Campos (PSB) e tentou associá-lo ao atual prefeito Geraldo Julio (PSB).

No debate, Marília Arraes ainda mencionou as investigações envolvendo supostas compras irregulares de respiradores pela Prefeitura do Recife no combate à pandemia do novo coronavírus (covid-19).

A estratégia de associação de João à imagem do prefeito Geraldo Julio vem sendo adotada por Marília ao longo da campanha.

O caso foi citado no terceiro bloco, momento em que houve sorteio de perguntas e o tema sorteado era a corrupção.

Marília perguntou a respeito das medidas para melhorar a transparência a serem adotadas por João em uma eventual gestão.

João garantiu que não irá tolerar qualquer ato de corrupção no seu governo e aproveitou para citar ações da atual gestão do prefeito Geraldo Julio. “O Recife criou recentemente a Lei da Transparência, criou o portal de dados abertos, a Controladoria interna do município.

Nada disso existia na gestão PT, foi criado recentemente.

O Portal da Transparência que é sim premiado pela Controladoria Geral da União e pela ONG da Transparência Internacional, que são grandes entidades que reconhecem o combate à corrupção”, disse o candidato do PSB.

Assim como veio pontuando ao longo do debate, João citou mais uma vez a ação de improbidade administrativa do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra Marília. “Sobre esse tema, a gente tem que perguntar é a candidata Marília sobre esses processos que de fato não estão encerrados, como ela conduziu o mandato de vereadora na contratação de funcionários fantasmas”.

Marília rebateu João acusando-o de “debater fake news, debater fofoca, debater um processo que já foi julgado”. “Os mesmos fatos, as mesmas coisas que foram trazidas de volta para esse novo processo que com certeza vai ter o mesmo desfecho”, disse.

Ela então citou as investigações sobre os respiradores durante a pandemia por parte da prefeitura do Recife. “Como vocês estão vendo, está havendo muita denúncia de corrupção, seis operações da Polícia Federal, compra de respiradores de porco e a gente não sabe o que é que tem mais”, disse Marília.

Segundo a candidata, o seu primeiro ato caso seja eleita, ainda no período de transição, responder todos os pedidos de informação à prefeitura pendentes. “E vamos auditar todos os contratos da prefeitura para a gente começar bem essa gestão, inclusive com economia, para que esse dinheiro possa ser usado para investir na cidade como se deve, para ter mais creches, para ter mais habitacionais, para ter mais saúde para as pessoas”, disse Marília.

Outro confronto No segundo bloco do debate, Campos perguntou qual seria o critério de Marília Arraes para compor a sua equipe de governo em sendo eleita no Recife. “Critério técnico, não temos compromisso político como sua coligação desde PCdoB até partido dos filhos de Bolsonaro, para ficar fatiando como uma pizza.

Temos prioridade.

Vamos exigir colocar prioridade, área de habitação.

Não fez um projeto completo, nenhum dos habitacionais teve início, o meio e o fim nessa gestão.

Todos que foram entregues começaram na gestão anterior.

Vamos ter equipe competente para não deixar recurso federal voltar por incompetência de projeto.

Nosso projeto das creches zerar as filas, espaços comunitários, combatendo a violência doméstica.

Gestão muito mais compromisso porque fazemos política sem intermediários”, disse Marília.

Em seguida, João Campos, na réplica, lembrou investigação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra a candidata Marília Arraes por suspeita de funcionários fantasmas quando era vereadora do Recife.

O caso foi arquivado em 2019 por “falta de provas”. “Eu fui o primeiro e único candidato desta eleição a, já no primeiro turno, garantir que, no mínimo, 50% dos cargos de liderança da prefeitura serão ocupados por mulheres.

A gente vai fortalecer, sim, a luta pela igualdade de gênero na nossa gestão.

Isso é um compromisso nosso, que eu fiz ainda no primeiro turno.

Nós vamos fazer uma equipe técnica, eficiente, que pode entregar resultado.

Eu fiz isso enquanto deputado federal”, disse João. “Fui o primeiro deputado federal do Nordeste a fazer uma seleção pública para poder compor o nosso gabinete, com respeito ao dinheiro público, com honestidade, com transparência.

Já a candidata Marília não pode dizer o mesmo.

Ela é acusada pelo MPPE de ter funcionários fantasmas no seu gabinete, e o Recife precisa saber sobre isso.

Nós vamos fazer uma equipe técnica, boa de trabalho, eficiente, e que tenha compromisso, sim, com a cidade do Recife”, acrescentou.

Logo em seguida, Marília Arraes relembrou o desfecho do caso na Justiça e acusou a campanha do adversário de promover notícias falsas na campanha eleitoral. “O processo que o candidato se refere começou 15 dias, já inocentou não há indícios, fui declarada inocente, requentado junto com diversas fake news, não sei porque não fazem a equidade de gênero agora que a essa gestão representa.

Resiste a ofensas, agressões e a mulher pode tá onde ela quiser.

Pode tá abrindo seu próprio negócios, Recife nunca teve uma prefeita, mudar os rumos das políticas públicas, todas as pessoas”, disse a candidata.