O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de novembro na Região Metropolitana do Recife, conhecido como prévia da inflação, foi de 0,31%, o menor valor desde agosto.

No Brasil, o indicador subiu mais do que o dobro: 0,81%.

A RMR também registrou o resultado mais baixo entre as 11 localidades pesquisadas, uma queda brusca após o mês de outubro ter marcado o maior índice do ano (1,12%).

Ainda assim, o Grande Recife registrou, em novembro, o segundo maior acumulado do ano no país, com 3,7%, atrás apenas de Fortaleza (3,81%) e a quarta maior alta no acumulado dos últimos 12 meses, com 4,65%.

Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE.

O IPCA-15 mede as variações de preço em nove grupos de produtos e serviços cujos preços foram coletados entre 14 de outubro e 12 de novembro.

Houve elevação em seis dos nove segmentos pesquisados no período.

O maior reajuste ocorreu, mais uma vez, em alimentação e bebidas, com oscilação positiva de 1,38%.

O aumento no setor, no entanto, foi menor do que o registrado no mês de outubro, quando o indicador chegou a 2,36%.

A mesma atividade também ostenta o maior índice no acumulado do ano: 12,03%.

Após meses de índices negativos, o setor de vestuário está em segundo lugar entre os grupos com maiores aumentos no IPCA-15, com 0,77%, seguido pelos artigos de residência, que incluem móveis, utensílios domésticos, aparelhos eletrônicos e serviços de conserto/manutenção, com 0,29%.

Na sequência, estão saúde e cuidados pessoais (0,27%), habitação (0,10%) e educação (0,04%).

Entre os setores em queda, estão comunicação (-0,05%), despesas pessoais (-0,30%) e transporte (-0,46%), cujo resultado foi influenciado pela queda de 1,37% no preço da gasolina.

A redução no valor do combustível também foi a maior responsável por diminuir o índice geral de inflação da RMR.

Apesar de ter apresentado o segundo maior reajuste no mês de outubro, o grupo de vestuário foi o único que não conseguiu recuperar as perdas no acumulado do ano, cuja variação foi de -0,26%.

Na prévia da inflação de novembro, a batata inglesa passou do quinto para o primeiro lugar no ranking de variação de preço, com 22,08%.

O óleo de soja está na segunda posição, com 15,17% e o tomate está em terceiro, com alta de 14,83%.

O abacaxi (11,74%) e a uva (10,95%) completam a lista dos itens com maior avanço entre outubro e novembro.

O arroz subiu 8,26% e ocupa o décimo lugar entre as mercadorias que mais aumentaram de preço.

Por outro lado, o tipo de produto que mais baixou de preço foram os artigos de maquiagem, com retração de 9,31%, junto com a cenoura (-6,8%) e as passagens aéreas (-6,61%) - que tinham sido o item com aumento mais significativo no IPCA-15 de outubro.

Outros itens cujos preços foram reduzidos e tiveram impacto na inflação foram a cebola (- 6,39%) e a energia elétrica residencial (-0,6%).

IPCA NO BRASIL O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,81% em novembro, 0,13 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de outubro (0,94%).

Foi a maior variação para um mês de novembro desde 2015, quando o IPCA-15 foi de 0,85%.

No ano, o índice acumula alta de 3,13%.

O acumulado dos últimos 12 meses é de 4,22%, acima dos 3,52% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Em novembro de 2019, a taxa foi de 0,14%.

Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro, com destaque para Alimentação e bebidas (2,16%), que contribuiu com 0,44 p.p. no índice do mês.

O segundo maior impacto (0,20 p.p.) veio dos Transportes (1,00%), que desaceleraram frente ao mês anterior (1,34%).

Já os grupos Artigos de residência (1,40%) e Habitação (0,34%) apresentaram resultados próximos aos de outubro, quando variaram 1,41% e 0,40%, respectivamente.

Os demais ficaram entre o 0,01% de Educação e o 0,96% de Vestuário.