Por Leo Bulhões, em artigo enviado ao blog A relação entre política e religião é secular.

Mas nunca se usou tanto o nome de Deus nos grupos de whatsapp para difamar adversários políticos como nos dias de hoje - que o diga a candidata à prefeitura do Recife, Marília Arraes.

O Partido dos Trabalhadores foi fundado em 1980 com forte influência de lideranças religiosas, acadêmicas e sindicais.

O PT nasceu para representar e lutar pela classe trabalhadora, por direitos e garantias.

Nunca buscou dividir trabalhadores cristãos e não cristãos, muito pelo contrário.

Uma ampla maioria dos petistas são cristãos, presentes nas mais variadas organizações religiosas.

Para o PT, a política não deve ser disputada nas igrejas, mas nos locais de trabalho e moradia das pessoas.

Os programas públicos de atenção ao povo implantados pelo PT - como o Bolsa Família ou Minha Casa, Minha Vida - nunca restringiram religiosos, pois o foco sempre foi beneficiar quem mais precisa, a marca do PT.

Nos últimos anos, alguns segmentos evangélicos e católicos têm buscado criar uma guerra usando os cristãos politicamente, promovendo uma manipulação do povo que sempre foi beneficiado pelas políticas do PT.

Esse tipo de política rasteira tem perdido força, principalmente quando observado que o atual presidente do Brasil, que se apegou no discurso religioso para vencer a eleição, tem mostrado que suas práticas são de pouco apreço pela vida das pessoas.

Seja pela irresponsabilidade na gestão da pandemia, ou pela falta de compromisso com os mais pobres, muita gente tem acordado e percebido que o uso político da religião e a pregação política em igrejas não tem feito bem, nem aos fiéis e nem ao país.

Uma prova disso é diminuição no número de menor religiosos eleitos nos municípios em 2020.

A ampla maioria dos 2 milhões e 400 mil filiados ao PT é cristã.

Não é uma campanha difamatória que modificará a fé dessas pessoas.

O PSB de João Campos está tentando fazer isso com Marília Arraes, cristã assim como eu e tantos outros.

Esquecem da excelente relação do ex-presidente Lula com o Chefe da Igreja Católica, Papa Francisco, o Papa dos Humildes ou dos inúmeros petistas evangélicos espalhados pelo país.

O povo trabalhador do Recife, petista ou não, reconhece o desastre da gestão Geraldo Júlio.

Foram 8 anos de pouca atenção aos mais pobres, querem mais 4 anos se colocando como novidade?

Cerca de 70% dos eleitores rejeitou a candidatura do PSB no primeiro turno.

Segundo o IBOPE, 57% desaprova a gestão de Geraldo Júlio.

Marília representa a possibilidade do povo do Recife ter a primeira mulher governando essa cidade, uma mulher de fibra, que tem enfrentado mentiras e o jogo baixo, sempre com propostas e olhando pro futuro, trazendo a esperança que as pessoas precisam.

Diferente do seu adversário, que herdou a candidatura, Marília precisou lutar para ter o seu direito garantido e certamente sua bravura nos inspira, nos faz crer que será uma grande líder, capaz de governar junto das pessoas, com força, foco e fé.

Cristãos, participem e construam com Marília, ela é a mudança que Recife precisa.

Leo Bulhões é católico, presidente do PT Caruaru, membro do Diretório Estadual do PT PE, Gestor Público de formação e Ex-Secretário de Participação Social na “Capital do Agreste”