O meu respeito por Miguel Arraes Ivan Rodrigues, em artigo enviado ao blog Senti-me provocado por uma mensagem do nosso amigo Ricardo Leitão, dirigida à candidata Marília Arraes, tendo como referência o debate ocorrido entre ela e João Campos.

Marília, respeite Arraes!

Por Ricardo Leitão Ricardo Leitão, respeite Marília, o PT e a si próprio !!

Por Bruno Ribeiro Quando o socialismo é um blefe (ou por que votarei em Marília Arraes).

Por Jayme Asfora Conheci Arraes em 1962, em plena campanha para Governador do Estado.

Servi, com muita honra, aos seus três governos e aos governos de Eduardo e Paulo Câmara.

Antes que comecem a me achincalhar, como é moda nas chamadas redes sociais, esclareço que: a) estava com ele no Palácio, no dia 1º de abril de 64, ele saiu preso para o 14º RI e eu para o 7º RO; b) nunca requeri, sequer, os benefícios concedidos aos prejudicados pela ditadura militar, por entender que, repetidas as circunstâncias, procederia da mesma forma; c) sou aposentado pelo INSS e os proventos de aposentadoria mal davam para pagar o meu plano de saúde e de minha falecida esposa; d) tenho 3 netos servidores públicos, todos por concurso; e) nunca mereci prebendas, estrelas ou galardões; f) nunca empurrei a porta da casa de Arraes, sem ser chamado; g) nunca declarei pretensas intimidades que não desfrutava e h) mereci, ao longo de nossa longa amizade, exuberantes demonstrações de sua confiança.

E lamento, com toda sinceridade, a deficiência física de sua viúva, D.

Madalena Arraes, que a retirou de sua efetiva circulação entre nós.

Não me arrimo nas razões políticas bem demonstradas por Ricardo, mas em razões de civilidade e decoro que entendo também necessárias ao trato político, como meu pai ensinava.

A senhora Renata Campos, há 6 anos atrás, era esposa de Eduardo Campos em plena ascensão à Presidência da República, condição interrompida pela maldita queda do jatinho que o matou.

A partir dai, esta senhora mãe de cinco filhos, inclusive um menor deficiente que exige cuidados especiais, passou a ser objeto de ataque pessoal de um bando de desocupados, incluindo alguns eternos bajuladores e áulicos do Poder que o falecido esposo representava.

Seis longos anos se escoaram e não houve um só dia em que ela não fosse citada, referida, atacada e vilipendiada, de todas as maneiras e de todas formas, com uso de todos os sistemas de comunicação existentes.

Como se fora a Maestrina do conjunto de forças políticas, quando, na verdade, ela continuava e continua “batendo o ponto” em seu emprego concursado no Tribunal de Contas do Estado, exercido com zelo e eficácia.

Até o grande líder do PTB no Estado que já aderiu presunçoso à campanha de Marília, entrou na Justiça para tentar impedir que o nome de Eduardo Campos fosse utilizado em benefício do PSB e foi repelido.

Fizeram desta digna senhora a “Geny de Pernambuco”, decantada por Maupassant.

E o mais importante é que faço um desafio a toda e qualquer pessoa – inclusive à alguns queridos amigos meus – para exibirem UMA PALAVRA SEQUER desta senhora, em resposta aos ataques, às grosserias, às agressões proferidas contra sua pessoa.

Estendo, direta e pessoalmente, a Marília Arraes este desafio que ela quebra ao mencionar a MÃE DE JOÃO no debate, abstraindo as razões de parentesco que lhes unem a João, sua mãe viúva e seu pai Eduardo Campos.

Sou amigo de seu Pai, Marcos, talvez, o filho de Arraes a quem mais sou ligado.

E talvez você se surpreenda, mas conheci também seu bisavô materno Rosalvo Ramos Rocha e tenho fotos com alguns dos seus tios mais velhos no Curso Primário do Gymnasio de Garanhuns, ainda na década de 30.

Queria ver sua coragem quando juntar no seu palanque Lula e Bolsonaro !

Sou um velho, largando os pedaços, mas já vi de tudo em política !

A busca ao Poder é importante, Marília, mais fugidia que a ilusão do amor, e não despreze o respeito e os laços de família que são permanentes.

Respeite a memória de Arraes e de Eduardo