Os aliados de Patrícia Domingos, no Podemos, onde entrou para disputar as eleições no Recife, explicam o pragmatismo do presidente do partido, Ricardo Teobaldo, como um lance já relacionado com as eleições de 2022, onde haverá eleições para a renovação da Câmara dos Deputados.

Segundo estas análises, Teobaldo ainda estaria se sentindo acossado por novas lideranças conservadoras, mais alinhadas com o cosnservadorismo no Estado, gestadas pelas urnas de domingo. “Teobaldo perdeu o controle do partido.

Rinaldo Júnior (PSB)conseguiu cooptar quase toda base do podemos em Recife.

Já são mais de 20 lideranças do partido na cidade que vão fechar com João Campos”.

LEIA TAMBÉM: > Quem é o pastor bolsonarista Júnior Tércio, terceiro mais votado no Recife > Podemos declara apoio a Marília Arraes no 2º turno no Recife “Teobaldo tenta conquistar apoio para Marília, só que a fama dele de ser um cara ‘descompromissado’ é grande.

E isso ficou evidente pelo toco que ele deu a quase todos os candidatos a vereador no Recife.

Isso mostra uma baita fragilidade de Ricardo Teobaldo no partido.

Com uma ala tão grande indo para João Campos e outra indo para uma neutralidade, ele está praticamente sozinho.” “Ele está assustado com a possibilidade dos Tércios (Clarissa e o pastor eleito terceiro vereador mais votado no Recife) fazerem uma dobradinha, com Júnior indo para deputado federal.

Júnior Tércio é um cara muito mais competitivo que Ricardo Teobaldo e pode acabar fazendo ele perder o mandato e a influência interna do partido”. “A jogada do Ricardo Teobaldo com Marília Arraes também é importante nesse sentido.

Os dois têm uma relação de amizade e Marília Arraes sendo eleita, pode transferir suas lideranças para Ricardo Teobaldo, o que seria algo bem compatível.

Já que os dois têm força no interior e Marília Arraes já chegou a pedir voto para Teobaldo quando ele foi candidato a prefeito de Limoeiro”, explica um luminar ligado à campanha de Patrícia Domingos.

Na terra de Ricardo Teobaldo O prefeito de Limoeiro, João Luís Ferreira Filho, solicitou nesta terça-feira (17/11) a desfiliação do Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Em ofício enviado ao presidente da legenda, Sileno Guedes, e à Justiça Eleitoral, o gestor informa que a decisão é “em caráter irrevogável e irretratável”. “Após 20 anos de militância em defesa das transformações sociais e das liberdades civil e política venho requerer a minha desfiliação deste partido”, completa João Luís.

O prefeito ainda afirmou no requerimento que deixa a legenda “por motivos de ordem pessoal".

Entenda Com 100% das urnas apuradas, Orlando Jorge Pereira de Andrade Lima (Podemos), 59, foi eleito para o cargo ao receber 38,16% dos votos válidos, um total de 12.465 votos, no pleito deste domingo (15).

Como Limoeiro tem menos de 200 mil eleitores, a eleição municipal não tem segundo turno.

Marcelo da Motta Silveira (Avante) que ficou em segundo, com 32,44%, seguido por João Luis Ferreira Filho (PSB), 26,46%, que disputava reeleição, e Rosejara Ramos de Oliveira (Solidariedade), 2,94%.