Neste domingo dia 15, data do primeiro turno das Eleições Municipais de 2020, as cidades de Curitiba (PR), Valparaíso de Goiás (GO) e São Paulo (SP) serão palco de demonstrações de propostas de inovações para o sistema eletrônico de votação adotado no Brasil desde 1996.
As ações serão realizadas pelas empresas inscritas em chamamento público, feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para participação no projeto “Eleições do Futuro”, sendo monitoradas pela Justiça Eleitoral.
Os testes serão monitorados pela Justiça Eleitoral e fazem parte do projeto Eleições do Futuro.
Participarão os eleitores interessados que poderão testar a plataforma votando em candidatos fictícios diretamente de seus celulares.
Mais de 30 empresas manifestaram interesse em apresentar uma solução para inovar o sistema eleitoral.
Destas, 26 foram selecionadas.
As demonstrações acontecerão das 10h às 15h e contarão com a participação de eleitores, que votarão em candidatos fictícios.
Lançado em setembro, o projeto “Eleições do Futuro” tem como objetivo iniciar estudos e avaliações para eventual implementação de inovações no sistema eleitoral.
As propostas deverão preencher três requisitos: segurança da votação, proteção ao sigilo do voto e eficiência.
Depois da eleição deste ano, o TSE promete decidir se adotará ou não alguma inovação no sistema de votação.
Como vai ser o voto pelo celular A Certisign, especialista em soluções digitais, é uma das empresas que atendeu ao chamamento público do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para propor uma alternativa tecnológica que viabilizasse a votação on-line.
A solução será apresentada neste domingo, 15 de novembro, no primeiro turno das eleições municipais, na seção instalada no campus da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em Higienópolis, na cidade de São Paulo.
Marcelo Camara, Chief Artificial Intelligence Officer da Certisign, revela que a tecnologia desenvolvida pela empresa usa a biometria facial e criptografia, de ponta a ponta, para garantir a autenticidade, segurança e o sigilo do voto feito remotamente, além de ser totalmente auditável. “A plataforma é extremamente intuitiva, fácil de usar e não requer download de nenhum aplicativo.
Com poucos cliques, o voto é concluído”.
Dinâmica No domingo, os eleitores, que desejarem participar do teste, receberão o simulacro de uma carta que, numa situação real, seria enviada pelo TSE.
Nela, constará um título de eleitor fictício, código de acesso e um QR code que leva à plataforma de votação.
O voto é produzido e criptografado no dispositivo do eleitor e recebe uma assinatura digital.
Em seguida, é enviado para uma infraestrutura na nuvem, na qual é armazenado e protegido, também, por criptografia. “Contudo, isso é transparente ao eleitor, que terá uma experiência sem fricção, rápida e simples”.
O projeto Eleições do Futuro objetiva encontrar alternativas para evoluir o sistema eletrônico de votação adotado no Brasil desde 1996.
O propósito é usar a tecnologia em favor do cidadão, permitindo o voto à distância. “A Certisign, em seu dever cívico, atendeu ao chamamento público do TSE para mostrar que, do ponto de vista tecnológico, já é possível viabilizar o voto remoto, com segurança e lisura”, salienta Camara.
Ele relata que, ao tomar conhecimento da demanda, “desenvolvemos uma solução customizada às necessidades da Justiça Eleitoral, que embarcasse as mais robustas tecnologias de identificação digital disponíveis”.