Nesta sexta-feira, a advogada e candidata a vereadora do Recife pelo PSOL Dani Portela protocolou uma representação junto ao Ministério Público Eleitoral solicitando a apuração de denúncia de disparo de mensagens em massa, via WhatsApp, pelo candidato a vereador Pastor Júnior Tércio.

A representação encaminhada à Justiça Eleitoral aponta, em detalhes, os supostos computadores e telefones usados em disparo ilegal, incluindo até o nome do profissional de tecnologia que estaria dando suporte à ação.

Representa A assessoria do candidato informou que ele não iria responder, por enquanto.

O pastor é casado com a deputada bolsonarista Clarissa Tércio e uma das grandes apostas do Podemos para a Câmara dos Vereadores, nestas eleições.

Os dois partidos passaram a semana em embates por conta de uma ação que o PSOL ingressou no STF contra o que chamam de bullying homofóbico.

O PSC diz que é um ataque à família.

Clarissa Tércio comemora retirada da pauta de votação de ação sobre ‘bullying homofóbico’ no STF PSOL processa criminalmente Sikêra Júnior, da Rede TV, por difamação O partido socialista entende que, caso seja verificada a infração, o candidato Júnior Tércio pode ter o seu registro cassado.

A Resolução nº 23.610, de 18 de dezembro de 2019 do TSE em seu artigo 28, III permite a propaganda virtual por aplicativos, feita pelo candidato ou qualquer pessoa natural, desde que não seja feito disparo em massa de conteúdo.

No entanto, contratar empresas para a emissão de mensagens em grande volume se caracteriza como abuso de poder econômico, maculando o processo democrático. “Em 2018, a decisão dos brasileiros foi influenciada por Fake News, divulgadas através de disparos em massa.

Descobriu-se depois que esse tipo de coisa era patrocinada pelo “gabinete do ódio”, que tem por objetivo atacar a imagem pessoal de adversários.

Esse é o mesmo pessoal que mente a favor da cloroquina, que constrange na porta de um hospital uma criança que foi vítima de estupro e que quer dizer que está defendendo a família, mas agride pessoas, pregando o ódio aos diferentes.

Isso não pode continuar”, disse Portela.

Joel da Harpa diz que julgamento do STF sobre ‘bullying homofóbico’ nas escolas pode ser ameaça à família