O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abiti), Fernando Valente Pimentel, disse que a derrubada do veto à desoneração da folha de pagamentos no Congresso Nacional, nesta quarta-feira, 4 de novembro, não é uma vitória de empresas, entidades e setores de atividades, mas sim do Brasil, pois representa uma política que ajuda a preservar e a gerar empregos.

Para as empresas representadas pela Abit, que geram 1,5 milhão de empregos diretos, a folha desonerada significará a manutenção de cerca 30 mil postos de trabalho, além de perspectivas mais promissoras para que se efetivem novas contratações.

O setor foi o responsável por saldo positivo de 15.033 empregos do total de 313 mil apurados pelo Caged em setembro último. “Nada é mais importante nesse momento do que nós criarmos condições pela empregabilidade.

Além disso, essa derrubada do veto está em linha com o discurso do próprio governo federal, no sentido de reduzir o custo da geração de postos de trabalho no País”, afirma Pimentel. “Sendo assim, a Abit, como um dos quatro setores pioneiros na adoção dessa modalidade de pagamento da contribuição patronal de previdência sobre o faturamento, enaltece e agradece a votação de deputados e senadores que entenderam a relevância do tema nesse momento tão grave e tão crítico por que passa nosso País”, afirma. “O cenário da crise relativa à pandemia ainda é muito grave.

A pandemia ainda não foi superada, temos muitos desafios à frente, e dizer que irá reonerar para depois desonerar nos parece um contrassenso”, argumenta.

Abit foi uma das entidades que trabalhou de modo incansável para que a desoneração fosse prorrogada. “Portanto, parabéns a todos aqueles que se envolveram de corpo e alma nesse trabalho junto aos parlamentares, fazendo mobilizações, prestando esclarecimentos, emitindo posicionamentos e organizando uma série de outras ações voltadas para a derrubada do veto”, diz.

Pimentel destacou a importância de que o setor produtivo siga unido por uma agenda de modernização do Estado brasileiro. “Vamos agora trabalhar pelas reformas estruturantes, que são fundamentais para a retomada consistente do desenvolvimento.” A desoneração permite a empresas de 17 setores optar por pagar a contribuição previdenciária patronal padrão de 20% sobre a folha de salários ou calcular o tributo aplicando alíquotas predefinidas sobre o faturamento bruto.

No caso do setor têxtil, o índice é de 2,5%.

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) disse que atendeu uma demanda de trabalhadores e votou pela derrubada do veto presidencial que previa o fim da desoneração da folha de pagamento, o que deixaria a contratação de trabalhadores mais cara.

O voto do parlamentar beneficia 17 setores da economia até o final do ano que vem. “Pensamos nos milhões de pais e mães de famílias que dependem do emprego.

Nossa preocupação é com o social e com a economia.

Votamos pelo trabalhador, pela dignidade do emprego e contra a elevação de impostos”, explica Eduardo da Fonte. “Além dos trabalhadores, o voto pela derrubada do veto também beneficia os empregadores, já que as empresas têm imposto reduzido, com a cobrança que varia entre 1% e 4% sobre a receita bruta ao invés de 20% sobre a folha de pagamento.”