A inflação em ascensão é um fator que deve merecer atenção no planejamento financeiro para 2021, principalmente para quem detém muitos contratos atrelados aos índices que a corrigem.
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) fechou outubro deste ano com uma taxa de inflação de 0,65%, conforme divulgou hoje (3/11) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Com o resultado de outubro, o IPC-S acumula taxas de inflação de 3,09% no ano e de 4,38% em 12 meses.
Outro indicador também alerta para a inflação: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA - a inflação oficial do país).
De acordo com último Boletim Focus, do Banco Central, a previsão deste ano subiu de 2,65% para 2,99%.
Energia, aluguel, folha de pagamento e contratos de manutenção são os principais itens que podem comprometer as margens de lucro, alerta Sérgio Trindade, consultor da Fiplan Planejamento Financeiro e Gestão, consultoria pernambucana com uma década de atuação. “Como há segmentos que não conseguem repassar esses custos, como o setor de planos de Saúde, por exemplo, o cuidado tem que ser redobrado”, alerta Trindade.
Ele chama atenção também para os negócios que dependem muito de contratos de manutenção de máquinas, pois esses contratos são, em geral, corrigidos pelos índices inflacionários. “Só com um planejamento financeiro cuidadoso as empresas podem se preparar para cenários assim.
E quem deseja realmente crescer em 2021 e não apenas se recuperar da crise, tem no planejamento o melhor caminho”, orienta Sérgio Trindade.