A pesquisa “A Global View of the 2020 U.S.

Presidential Election” foi realizada pela Ipsos entre os meses de setembro e outubro de 2020 com um objetivo claro: identificar como 17.507 entrevistados de 24 países – sem incluir os EUA – votariam nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.

No Brasil, 39% dos ouvidos dariam seu voto ao candidato democrata Joe Biden, 20% ao republicano e atual presidente Donald Trump, 29% não souberam responder e 13% preferiram não responder à pergunta.

A predileção por Biden se repete a nível global.

Considerando a média de todas as nações, 48% votariam no político do partido democrata e 17% no republicano (26% não sabem opinar e 9% preferem não responder).

Em seis países, a diferença entre Joe Biden e Donald Trump ultrapassa os 50 pontos percentuais, sendo que a Suécia (73%), a Bélgica (63%) e o Canadá (62%) concentram o maior número de apoiadores de Biden.

O único país em que os entrevistados se posicionaram majoritariamente a favor da reeleição de Trump foi a Rússia: 27% optariam pelo republicano e 13% pelo democrata.

Na Polônia e na Turquia, o atual presidente dos Estados Unidos também alcançou 27%.

A Índia tem a maior porcentagem de apoiadores ao Trump (34%), mas mesmo assim o país é mais favorável ao Biden já que 38% dos entrevistados votariam no candidato democrata.

Uma pesquisa semelhante da Ipsos realizada antes das eleições presidenciais de 2016 também apontou que cidadãos em todo o mundo eram mais favoráveis à eleição da candidata democrata Hillary Clinton em detrimento de Trump: em média, 58% dos ouvidos em 22 países – sem incluir os EUA – teriam votado em Clinton, em comparação com 12% para Trump.

O que pode impactar as eleições?

Ainda de acordo com a pesquisa – desta vez com a participação de 1.000 respondentes norte-americanos –, as fake news podem impactar diretamente o pleito eleitoral.

Para 45% dos entrevistados dos Estados Unidos, o compartilhamento de fake news representa um sério risco para a eleição presidencial este ano.

Outros temas que preocupam os norte-americanos são as tentativas de uso indevido ou destruição de votos válidos, citado por 36%, a fraude eleitoral, citado por 35%, e as tentativas de impedir as pessoas de votarem, citado por 34%.

Considerando a média global de 24 países – sem contar os EUA –, o fator que mais representa risco para a eleição presidencial americana também é a disseminação de fake news, mencionada por 35% de todos os entrevistados, seguido pela compra de votos (22%) e fraude eleitoral (22%), e pelas tentativas de impedir as pessoas de votarem (20%).

A pesquisa on-line foi realizada com 18.507 adultos de 16 a 74 anos de 25 países entre os dias 25 de setembro de 09 de outubro de 2020.

A margem de erro para o Brasil e para os Estados Unidos da América é de 3,5 pontos percentuais.