Em termos de saldo de emprego formal, a expectativa da CNI é que o segundo semestre mostre retomada do emprego até novembro.

Dezembro normalmente registra saldo líquido negativo de empregos, o que vai fazer com que, apesar da recuperação do segundo semestre, o resultado anual de empregos com carteira não se afaste muito do resultado acumulado até agosto, de cerca de 850 mil postos de trabalhos fechados.

O retorno de parte mais expressiva da população à força de trabalho deve fazer com que a taxa de desemprego suba.

Apesar disso, a CNI estima que mais pessoas consigam se reinserir no mercado de trabalho e estima que a taxa média de desocupação fique em 13,5%, em 2020, 1,6 ponto percentual acima do registrado em 2019, quando alcançou 11,9% da força de trabalho.

Taxa básica de juros em baixo patamar incentiva a demanda e reduz custo do crédito O Informe Conjuntural aponta que o spread bancário e as taxas de juros do setor financeiro bancário acompanharam o movimento queda da Selic.

O spread bancário para pessoa jurídica caiu de 9,6 pontos percentuais, em janeiro, para 6,9 pontos percentuais, em julho.

E a taxa de juros para a pessoa jurídica saiu de 14,8% ao ano para 10,7% ao ano, na mesma base de comparação.

Entre os motivos estão os programas emergenciais, estruturados por meio do compartilhamento de risco de crédito.

O Copom sinalizou que há espaço residual para um novo corte da Selic ainda este ano, que dependerá da trajetória das contas públicas e da avaliação sobre o comportamento futuro da taxa de inflação.

Além disso, na avaliação da CNI, a interrupção do afrouxamento monetário será mantida nas próximas duas reuniões, de outubro e dezembro, e a taxa básica de juros encerrará 2020 em 2% ao ano.

Inflação segue abaixo da meta, mas dá sinais que demandam atenção A CNI avalia que os próximos meses não devem trazer risco de descontrole inflacionário que possa ameaçar o alcance da meta de inflação no ano.

Entretanto, há sinais de alerta na dinâmica dos preços no varejo em função da aceleração já registrada nos preços ao produtor.

Real é a moeda que mais se deprecia entre emergentes O real foi uma das moedas que mais se depreciou durante o período mais agudo da crise.

Entre janeiro e maio de 2020, o real teve a maior queda, 23,9%, frente a uma cesta ampla de moedas, segundo dados de taxa de câmbio real efetiva do BIS (Bank for International Settlements).

Ao lado do real, se destacaram com as maiores depreciações as moedas de outros emergentes: México (-18,0%), África do Sul (-17,7%) e Rússia (-10,2%).

Deterioração das contas externas é interrompida pelos efeitos da pandemia e déficit deve continuar a se reduzir até o fim do ano Diante do quadro de recessão mundial projetado para 2020, com recuos de 4,9% da economia mundial e de 11,9% do comércio mundial de bens, segundo o FMI, o horizonte para as exportações brasileiras é de dificuldades até o fim do ano, em especial para a indústria.

O melhor desempenho das exportações de produtos básicos não será forte o suficiente para evitar a queda das exportações frente a 2019.

As importações, por sua vez, devem se manter em queda na comparação com o ano passado, considerando a queda esperada para a atividade doméstica no ano.

O saldo da balança comercial de bens esperado para 2020, segundo estimativa da CNI, é de US$ 56,4 bilhões, com recuo das exportações de 6,5%, para US$ 210,7 bilhões e das importações de 13%, para US$ 154,3 bilhões.