Nesta quarta-feira, o Sindicontas-PE criticou a construção de prédio na Rua da Aurora.
O Sindicontas criticava o fato do prédio na Rua da Aurora estar em um terreno vizinho ao único sobrado remanescente do século XIX do quarteirão.
A associação dos auditores de controle externo do mesmo TCE rebateu as críticas, em uma nota nesta tarde de quinta-feira.
O assunto já foi abordado no Blog, em 2017.
Generoso, TCE cede terreno para auditores sem licitação Na sequência, quem se posiciona é a jornalista Sandra Ribeiro, proprietária do casarão secular da Rua da Aurora que fica ao lado do terreno cedido pelo Tribunal de Contas do Estado à Associação dos Auditores do Controle Externo do TCE para que a mesma construa uma sede.
Veja os termos abaixo Lendo a nota da Associação publicada ontem (15.10), em seu Blog, vi alguns trechos citados referentes ao casarão e ao terreno que não condizem com a realidade e que eu gostaria de trazer a público.
São eles: 1- A MAQUETE A maquete apresentada na postagem não condiz com a realidade.
Na imagem, vemos um recuo entre o casarão e o prédio, mas na planta eles colaram parede com parede.
O desenho também mostra uma rua larga com carros, o que é falso.
O terreno que eles estão “usando” é localizado na Travessa do Costa, um beco estreito de 3 metros com 15 casinhas. 2- Sobre o trecho “A nossa nova sede está sendo construída em um local em que antes era um depósito de lixo e ocasionalmente servia de estacionamento para a empresa vizinha”.
A estreita calçada onde a Associação pretende construir um prédio era o estacionamento da Escola de Contas, o habite-se foi concedido pela Prefeitura.
Resta saber o que o autor da nota está chamando de lixo. (Segue anexa uma foto do estacionamento) 3- Sobre o trecho “Estamos rigorosamente em conformidade com a lei, com previsão de término da obra entre seis e oito meses”.
Existem dois processos tramitando na Justiça para defender o casarão e outro no Ministério Público.
Eles estão infringindo a lei, construindo em plena pandemia, sem aguardar a decisão judicial.
Começaram a construção em julho no período do lockdown. 4- Sobre o trecho “A construção não interfere em fundações e não tem qualquer impacto estrutural relevante sobre qualquer imóvel circunvizinho”.
O engenheiro que avaliou os impactos da obra emitiu um laudo preocupante alertando que as escavações que estão sendo realizadas no terreno sob as fundações do casarão estão oferecendo risco de danos e /ou desabamento do imóvel. (segue anexo dois laudos do engenheiro) 5- Sobre o trecho “Sugerimos ao Sindicontas, que se diz tão preocupado com o imóvel vizinho, que colabore com a conservação do local, que pena após tantas modificações e descaracterizações”.
O casarão está penando é com a ameaça iminente de danos e/ou desabamento que as escavações sob as fundações do casarão realizadas pela Associação podem provocar no imóvel. É importante lembrar que eu e o meu filho moramos no casarão e que no casarão também funciona a sede da ONG Aurora Filmes.
Ou seja, quando falamos em riscos à estrutura do casarão, falamos também em risco para as pessoas que moram no casarão e que frequentam a ONG (inclusive, estamos sem poder dar sequência ao planejamento da programação de cursos por conta desta ameaça de risco de danos ou desabamento), falamos em risco para vidas.
A instituição que está colocando em risco as fundações e conservação do casarão é a Associação dos Auditores do Controle Externo do TCE e não o Sindicontas. 6- Sobre o trecho “Sugerimos, por exemplo, que ofereça à casa de cursos de cinema, uma nova cobertura, já que, atualmente, seu telhado é em amianto e nada tem a ver com os casarões preservados da Rua da Aurora”.
A casa está provisoriamente sem o telhado original por falta de recursos.
Após o processo de tombamento do imóvel, vamos captar recursos e colocar as telhas no estilo original do casarão.