O líder do Podemos na Câmara, deputado federal Léo Moraes (RO), sugeriu ao presidente da República, Jair Bolsonaro, o corte dos supersalários como opção de fonte de recursos para financiar o programa Renda Cidadã.
O encontro em que o tema foi debatido ocorreu nesta quarta-feira (7) no Palácio do Planalto. “Nós apresentamos alguns caminhos, entre eles o corte nos supersalários. É importante que o Brasil entenda que todos passam dificuldades e algumas parcelas devem entregar mais do que outras.
Os Poderes têm que estar convencidos que as suas de entrega devem ser maiores para salvaguardar a população que está abaixo da linha da pobreza”, aponta Léo Moraes.
O deputado lembra que a bancada do Podemos tem cobrado a votação do projeto de lei que regulamenta o corte nas remunerações que superam o teto constitucional, que hoje equivale a R$ 39,2 mil.
A proposta aguarda votação na Câmara dos Deputados.
Léo Moraes defende que o Renda Cidadã seja planejado para incluir mais famílias, já que, segundo o deputado, o número de pessoas que irão solicitar o benefício irá aumentar, por conta dos impactos da crise econômica causada pela Covid-19. “Tem que ser algo altamente planejado para atender o maior número de pessoas dos programas existentes na atualidade.
Se o Bolsa Família hoje atende 14 milhões, que nós possamos atender 20, 25 milhões com o programa que está para ser apresentado”, diz Léo Moraes No encontro com Jair Bolsonaro, o líder do Podemos reforçou o posicionamento do partido contra a recriação da CPMF.
Como resposta, obteve a sinalização de que o chefe do Executivo está “brigando com a Economia” para não ter aumento de impostos na proposta da Reforma Tributária. “Nós discutimos a questão da CPMF e chegamos ao encontro de opiniões de que não faz sentido criar a CPMF no momento que nós temos uma alta carga tributária e a população precisa de condições para colocar o arroz e o feijão dentro de casa.
O presidente foi taxativo que é contrário ao aumento de carga tributária”, afirmou Léo Moraes.
O programa Renda Cidadã, que substituirá o Bolsa Família, ainda não tem prazo para ser finalizado e enviado ao Congresso Nacional.