Ignorando uma decisão judicial do TJPE, os professores estaduais deflagraram greve na tarde desta segunda-feira (5), em uma assembleia geral realizada de forma remota por meio de plataforma online.

De acordo com o sindicato, chegaram a estar presentes no encontro 1.750 professores, professoras, administrativos e analistas da Secretaria de Educação Estadual, representados pelo Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco).

A intitulada “greve em defesa da vida” terá início às 0h desta terça-feira (6) e ocorrerá por tempo indeterminado.

Nesta terça-feira o Sintepe também participa de audiência com o Ministério Público do Trabalho sobre a greve.

Na quarta-feira (7), eles prometem continuar as negociações com o Governo do Estado em busca de uma resolução para o impasse.

Com 82% dos votos, a categoria aprovou que a greve deve abranger quaisquer atividades presenciais da educação, mas excetua as aulas e atividades remotas que porventura ocorram ou que já estão em andamento.

Outros 15% votaram em uma “greve total” e 3% se abstiveram. “Tendo imposição de governos em retomar as atividades presenciais sem a plena garantia da segurança sanitária, é greve pela vida!

Greve pela vida significa não retornar às atividades presenciais.

Já as atividades remotas continuam”, disse Heleno Araújo, presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e diretor do Sintepe.

De acordo com o sindicato, mais de 20 trabalhadores em educação falaram em quase duas horas de discussões.

O presidente do Sintepe, Fernando Melo, disse que o sindicato vai ficar atento à denúncias da categoria sobre pressões para o retorno presencial.

Briga na Justiça O Sintepe ajuizou ação civil pública a fim de impedir o retorno às atividades presenciais na rede estadual.

Fernando Melo disse que, desde o anúncio do Governo, o sindicato tem se posicionado contrário ao retorno em todas as negociações com a Secretaria de Educação. “Sempre alegamos que no atual estágio da pandemia em Pernambuco, sem estudos técnicos específicos voltados à realidade do espaço escolar, o retorno às aulas é extremamente perigoso”, defende.