Em uma entrevista ao Estadaão, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, reconhece que a pandemia do novo coronavírus acentuou a desigualdade educacional no País, mas disse que este “não é um problema do MEC, mas um problema do Brasil.” Em entrevista, afirmou que não é ele quem precisa resolver a falta de acesso à internet de alunos que não conseguem acompanhar aulas online e se exime da responsabilidade sobre a reabertura de escolas.
O papel da pasta será repassar recursos e divulgar um protocolo de segurança.
Sobre ideologia. ‘Desafio um professor e um acadêmico que venha me explicar onde ele (Paulo Freire) quer chegar.
Ele transplanta valores do marxismo’, diz Ribeiro À frente do MEC há dois meses, o pastor prebisteriano, que segue conduzindo cultos em Santos a cada 15 dias, disse que recebeu do presidente Jair Bolsonaro o desafio para melhorar ensino infantil e básico e promete mudanças em relação à educação sexual.
Segundo ele, muitas vezes a disciplina é usada para incentivar discussões de gênero. “E não é normal.
A opção que você tem como adulto de ser um homossexual, eu respeito, não concordo”, afirmou o ministro, que atribui a homossexualidade de jovens a “famílias desajustadas”.
Escolhido para substituir o polêmico Abraham Weintraub, Ribeiro disse ter um estilo diferente e admite ter sido cobrado pelo presidente por ter recebido a deputada Tabata Amaral (PDT-SP), opositora ao governo, em seu gabinete. “Eu os receberei sempre.
Não tem problema.” Veja a parte sobre Tábata Amaral, abaixo.
Estadão - O presidente o repreendeu por receber os deputados e pediu para não recebê-los?
Ministro - Ele queria entender porque a Tabata publicou uma foto.
Respeito. É uma parlamentar e quer mostrar que está trabalhando, mas não a recebi.
Eu falei ao presidente que recebi a comissão. É diferente isso.
Eu não posso dizer não para eles, que são deputados legitimamente eleitos.
O presidente não gosta, porque são muito críticos, para mim, de uma maneira totalmente desequilibrada, mas eu vou ouvi-los.
A mídia conservadora estranhou o fato de tê-los recebido, mas eu não vou mudar.
Respeito o antigo ministro (Weintraub), até pela maneira de fazer gestão, mas eu sou eu.