Depois de uma longa espera, o governo do Estado finalmente acaba de anunciar que está adotando uma cronograma para a volta das escolas públicas no Estado de Pernambuco.

A autorização vale para escolas públicas e privadas.

O Governo do Estado também anunciou a liberação das competições de modalidade coletiva envolvendo atletas federados, a partir de amanhã.

O secretário de Educação, Fred Amâncio, explicou, no Palácio do Campo das Princesas, que foi montado um cronograma.

A volta vai recomeçar pelo ensino médio, mas as aulas do ensino fundamental ficam suspensas ainda.

Os alunos do terceiro ano recomeçam no dia 6 de outubro.

Na semana seguinte, 13 de outubro, os alunos do segundo ano poderão voltas às aulas.

Na outra semana, dia 20 de outubro, os alunos do primeiro ano do ensino médio poderão retomar os estudos.

Nesta volta, para todos, será obrigatório o uso de máscaras e a medição de temperatura.

As aulas presenciais do ensino fundamental permanecem suspensas, por enquanto.

A volta dos alunos às escolas será optativa.

Caso os pais não queiram a volta, não poderá haver obrigação por parte das escolas.

Os alunos que quiserem podem continuar no ensino remoto.

As escolas também têm a alternativa de ofertar o ensino híbrido, combinando os dois formatos de aula.

De acordo com o Estado, todas as escolas terão totens de álcool gel nas entradas, novos lavatórios e monitoramento diário pela internet.

Os professores receberão face shields e máscaras e os estudantes terão a temperatura medida e receberão máscaras.

Um centro de testagem exclusivo para estudantes e professores será montado na sede da secretaria de educação.

A estrutura começa a funcionar em outubro com a retomada das aulas presenciais nas escolas, na sede do órgão estadual, no bairro da Várzea, no Recife, das 7h às 15h.

Os testes serão realizados mediante agendamento.

Os estudantes, professores e demais profissionais da escola com fatores de risco (idade, doenças crônicas ou gestação) não devem retornar caso não tenham se infectado anteriormente.

Leia mais sobre educação Motivos para a volta O secretário de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebêlo, destacou a queda em três indicadores importantes para a decisão da retomada das aulas presenciais: número de casos, número de óbitos e demanda por UTI. “Os índices têm reduzido desde junho, e em setembro, a tendência continua.

Ou seja, é o quarto mês de redução consecutivo”, destacou.

Os casos da doença em Pernambuco começaram a chamar atenção em março e cresceram em abril e maio, somente registrando queda em junho. “A decisão final foi tomada após análise dos números da pandemia no Estado e das experiências de alguns países, que já retomaram suas aulas durante este período e apresentaram bons resultados.

Mas é importante reforçar que o retorno neste momento é apenas para o Ensino Médio, e acontece em caráter opcional, ficando a critério dos pais ou responsáveis decidirem se os estudantes voltam ou não para as aulas presenciais.

O Comitê de Enfrentamento à Covid-19 continuará monitorando os dados da pandemia e, se necessário, a evolução das etapas de retomada poderá ser reconsiderada.

A decisão é pautada na importância da educação para o desenvolvimento do Estado como um todo”, afirmou o secretário de Educação e Esportes, Fred Amancio.

Paulo Câmara disse que decisão foi a mais difícil “De todas as decisões difíceis que precisamos tomar, desde o início da pandemia, o retorno às escolas foi a maior delas.

Mesmo com indicadores da Covid-19 em queda consolidada desde o final de maio, só agora, com a média móvel de casos e óbitos, além das solicitações de leitos de UTI, no patamar equivalente ao do início de abril, autorizamos a retomada de aulas presenciais no Ensino Médio”, disse o governador Paulo Câmara. “A luta contra o novo coronavírus não acabou.

Inclusive, estamos acompanhando o que vem acontecendo nos países da Europa, com a chegada de novas ondas após uma aparente superação da pandemia. É necessário manter toda a atenção, porque ainda vivemos uma transição, e esta fase que chamamos de convivência não tem prazo determinado.

Ainda dependemos de uma vacina, mas não podemos impedir o retorno gradual da vida, neste novo normal, até que isso aconteça. É preciso encarar essa realidade, mas com cautela e mantendo os cuidados”.