Apesar da crescente retomada das atividades econômicas no estado de Pernambuco, a Ilha de Fernando de Noronha segue com rígidas restrições impostas pelo Governo Estadual.

O novo ato #ReabreNoronha acontece nesta sexta-feira (18), às 9h, em frente ao Palácio São Miguel, na Ilha de Fernando de Noronha.

A manifestação #ReabreNoronha pretende mobilizar a população noronhense, assim como quem vive de turismo no arquipélago.

De acordo com morador da ilha e também presidente da Associação das Locadoras e Locadores da Ilha de Fernando de Noronha, Nino Alexandre Lehnemann, a mobilização visa uma urgência necessária para uma reabertura digna. “Estaremos lutando pelas nossas reivindicações.

De forma pacífica, estamos mostrando nosso descontentamento, mas parece que o governo não entende que todo o Estado voltou a ter uma regularidade, menos em Fernando de Noronha, que continua parada.

São 6 meses que mantemos nossas empresas e funcionários, algumas já não têm mais gordura ou crédito para pagarem suas contas”, afirma.

O morador do arquipélago e trabalhador do turismo noronhense Wendell Amaral disse lamentar a atual situação de Fernando de Noronha. “Viemos fazer um apelo para liberarem a ilha.

Já estamos há mais de 6 meses sem trabalhar.

As contas já estão todas atrasadas e não tem mais o que fazer.

Estamos necessitando muito do turismo em Fernando de Noronha”, disse. “Estou enfrentando as dificuldades de muitos por não está tendo assistência de cestas básicas e de outras coisas importantes.

E tudo que tem sido divulgado, não chega a todos da população.

A falta de dinheiro tem dificultado manter a minha família.

Eu preciso que ilha reabra urgente para que possa manter a minha família”, afirma Alyne Luna, moradora do arquipélago.

A moradora Karla da Silva afirma que as promessas do governo não estão sendo compridas. “Há seis meses estou desempregada.

Recebi seguro desemprego durante três meses seguidos e agora acabou.

O que os governantes prometeram de cesta básica e nutricash foram só nos primeiros meses.

A necessidade está grande.

Tenho três filhos para criar e preciso que a ilha reabra.

Caso contrário, preciso sair daqui para procurar alguma coisa lá fora”, afirma.

Na avaliação dos organizadores do protesto, com a burocracia do protocolo atual, um dos roteiros mais procurados do Brasil segue “sofrendo com a falta de gestão eficiente”. “A população noronhense continua sem um posicionamento governamental em relação às reivindicações populacionais, diante do protocolo de retomada das atividades turísticas e econômicas do arquipélago.

Desde a reabertura, apenas turistas que já contraíram e estão recuperados do coronavírus podem frequentar a ilha de Fernando de Noronha”, protestam, em nota oficial.