Por 6 votos a 1, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu não cassar o mandato do deputado estadual Romero Albuquerque, como pedia a ação de investigação judicial eleitoral movida pelo Ministério Público Eleitoral após as eleições de 2018.

O órgão queria ainda tornar o parlamentar inelegível por oito anos.

A decisão de negar o provimento do recurso especial foi lida pelo Ministro Luís Roberto Barroso em Sessão Plenária remota realizada na noite desta terça-feira (16). “Fui eleito novamente”, comemorou o deputado. “Sempre fui alvo das mais diversas perseguições.

Fui vítima também de uma espetacularização, porque os que me acusaram sabiam exatamente o que queriam.

Me difamar, me desacreditar, prejudicar a minha luta pelos animais.

Não conseguiram.

Estou pronto para outros desafios”, afirmou. “O MPE esgotou todos os recursos, mas não obteve vitória em nenhuma das instâncias a que recorreu.

No Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, onde perdeu por 7 a 0, o veredicto destacou que as acusações foram feitas por “presunções de que, sendo iniciativa pessoal do vereador, teriam caráter eleitoreiro”.

Entenda a polêmica Em petição apresentada através da Procuradoria Regional Eleitoral no estado, o MPE acusava Albuquerque de prática de abuso de poder político e econômico, justificando que ações sociais de assistência veterinária gratuitas promovidas pelo então vereador Romero Albuquerque eram, na verdade, um meio de promover sua imagem e de obter votos para ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco. À época, o então vereador se defendeu dizendo que a política brasileira vivia uma fase de “caça às bruxas, onde ações sociais, apresentação de propostas e projetos se tornavam alvo de questionamentos e suspeita de abuso e de alicerce à candidaturas”.

A plataforma “Central Animal PE” era o alvo da denúncia do Ministério Público Eleitoral.

De acordo com a defesa do deputado, através dela a população tinha acesso, sem custo, a atendimento na “Upinha veterinária móvel” e podia solicitar castração e resgate de animais.

Desde então, as ações estão paralisadas, mas Albuquerque promete voltar. “Voltaremos, mas espero que o Ministério Público não veja o benefício à população como ação eleitoreira para as eleições de 2022 ou tente prejudicar a pré-candidatura de Andreza Romero a vereadora do Recife”, disse.