O vice da candidata do PT Marília Arraes será mesmo do PSOL, mas os nomes que eram especulados acabaram não se confirmando.

A deputada federal recebeu a indicação e aceitou de João Arnaldo, que já foi funcionário do Ibama, hoje filiado ao PSOL.

Para contornar a polêmica criada com o nome do presidente estadual do PSOL para a chapa, a deputada federal e pré-candidata à Prefeitura do Recife, Marília Arraes (PT), convidou Severino Alves para ser o coordenador de sua campanha. “Severino tem importância central no processo que culminou com a consolidação da frente e do programa a ser construído.

O convite também reconhece o compromisso, a capacidade e a vontade de Severino Alves de trabalhar por uma cidade mais justa, democrática e que combate às desigualdades, compromissos que foram firmados pela deputada desde o começo da sua caminhada rumo à Prefeitura do Recife”, afirmou Marília Arraes.

A militante Dani Portela também saiu da linha majoritária informando que vai tentar mpliar os espaços do PSOL no Legislativo municipal.

Veja a nota oficial dela Nos últimos dias, o meu nome foi veiculado como possível candidata a vice-prefeita do Recife na chapa da companheira Marília Arraes.

Tenho um imenso orgulho em ver várias pessoas se posicionando a favor desta composição.

Isso me dá a certeza de que a aliança PT/PSOL neste momento histórico não somente é uma tática eleitoral, mas também tem um simbolismo muito grande para a luta por uma cidade mais justa e igualitária.

Após a divulgação dessa suposta chapa Marília/Dani, fizemos um processo de escuta de vários setores do partido, de movimentos sociais e de pessoas queridas que caminham conosco.

Com essa consulta, o partido considerou que colocar o meu nome na chapa majoritária alteraria muito a estratégia de ampliar a bancada do PSOL na Câmara dos Vereadores do Recife.

Nosso desafio não se reduz a disputar votos em uma eleição.

Estamos disputando que cidade queremos e que país teremos nos próximos anos.

Por muitos anos, o Legislativo não foi visto como prioritário nesse tipo de disputa e, paulatinamente, o espaço chamado de casa do povo, onde as leis são criadas, foi ocupado por setores conservadores.

Os anos se passaram e tais setores foram alcançando as votações mais expressivas, até sermos surpreendidos com a chegada deles ao Executivo.

Nesse momento de tantos retrocessos, numa eleição em meio a uma pandemia que escancarou ainda mais as desigualdades sociais, com uma massa de trabalhadores desempregados ou sem garantia alguma de seguridade social, com governantes ausentes e a economia penalizando cada vez mais a população mais pobre, acreditamos que é fundamental estarmos na Câmara dos Vereadores.

Consideramos urgente ocupar cada vez mais a “casa do povo” por “gente do povo”, com projetos políticos de enfrentamento às desigualdades, mas que também estejam comprometidos com a fiscalização dos gastos públicos e com a proposição de políticas públicas que atendam às classes sociais historicamente negligenciadas pelos grupos que têm administrado o Recife nos últimos anos.

Neste sentido, estou muito decidida pela minha candidatura à vereadora da capital pernambucana e espero ser apenas mais uma semente de um novo tempo mais frutífero no Legislativo Municipal.

E, por tudo isso, compreendemos que para assegurar que nossas ações na Câmara dos Vereadores cheguem na população que mais precisa, é fundamental que o Recife seja governado por uma pessoa comprometida com a luta das mulheres, da população negra, da classe trabalhadora, da juventude, da população LGBTQIA+, que respeite as muitas diferenças sociais que nos tornam um povo ainda mais bonito e produtivo.

Por isso, apoiamos a candidatura de Marília Arraes, na confiança de que ela será a primeira prefeita do Recife e que, a partir do Legislativo, poderemos construir uma cidade melhor.