O deputado federal Felipe Carreras, ex-secretário de Turismo, falou na reabertura do turismo ainda esta semanba em um aparte na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira.
Desde a semana passada, a pressão por parte dos donos de pousada da ilha tem se avolumado.
Pousadeiros e ilhéus pressionam Estado pela reabertura do turismo em Fernando de Noronha Pois bem.
De acordo com os donos de pousadas, mais de dois mil empregos, foram perdidos em Fernando de Noronha desde o encerramento das atividades e muitas das pousadas não vão mais conseguir reabrir as portas.
Para eles, o problema é que o Governo do Estado ainda não deu sinal positivo para o protocolo, que prevê a reabertura da ilha para setembro.
Nino Alexandre Lehnermann, presidente da Associação dos Locadores de Veículos de Fernando de Noronha, cobra uma definição para a volta gradual das atividades. “A situação é preocupante, estamos a cinco meses fechados, aumentando o endividamento.
E o pior é que não temos uma data definida para a reabertura, precisamos nos programar para isso e os turistas também precisam de tempo para fazer suas reservas”.
O empresário reclama do protocolo de segurança previsto para ser cumprido na ilha. “O protocolo aumenta o custo do turismo na ilha para todo mundo”. “O cenário é deprimente.
Em virtude de 99% da economia da ilha girar em torno do turismo, já existem empresários, condutores, e pescadores em dificuldades profundas.
Fala-se de reabertura agora em setembro, mas o que deixa todos apreensivos é exatamente isso.
Falta de uma data certa para as vendas e adaptações necessárias à nova realidade”, disse o conselheiro da Ilha Aílton Júnior. “O Governo Estadual precisa ter sensibilidade e criar critérios para a volta das atividades turísticas, com uma reabertura segura.
Mas precisa abrir.
Já são mais de cinco meses sem renda”, disse. “Nenhum apoio foi dado para ajudar o turismo da ilha a superar esta crise.
O Governo do Estado não fez um planejamento para Fernando de Noronha.
Se tivéssemos uma data definida para a reabertura das atividades, poderíamos vender pacotes para os próximos meses.
Sem essa definição, ficamos sem alternativa.
A população de Noronha está se unindo para que o governo defina esta data”, disse Fabiana De Sants, pousadeira mais antiga da ilha. “O protocolo de segurança da Secretaria de Saúde do Estado para ilha é absurdo, exigindo que qualquer cidadão vindo de fora, inclusive Ilhéus, fique dois dias de quarentena, para só assim fazerem os testes, que são enviados para o continente.
Ou seja, os resultados só chegam com no mínimo mais dois dias, pois não há testes na ilha”, reclama.
A ilha está fechada para atividades turísticas desde o dia 21 de março.