Por Carolina Canossa, da BITES, em informe ao blog Pressionada pela viralização dos questionamentos sobre o pagamento de R$ 89 mil feito por Fabrício Queiroz à primeira-dama Michelle Bolsonaro, a base digital de apoio ao presidente da República no Twitter utilizou duas táticas na nova batalha pela atenção da opinião pública digital: buscar uma justificativa para a reação do presidente contra o jornalista e exaltar a figura dele.
Ambas, porém, tiveram efeito limitado.
A narrativa de que o repórter teria incitado a resposta de Bolsonaro ao dizer “Vamos visitar sua filha na cadeia” teve 20 mil menções, com 66 milhões de impressões em potencial neste período.
Jornalistas alinhados ao governo, como Rodrigo Constantino e Fábio Talhari, foram os autores das principais mensagens com esta justificativa, que foi desmentida por agências de checagem de notícias.
O termo #BolsonaroOrgulhoDoBrasil foi o que rendeu melhores resultados, com 187 mil citações e 366 milhões de impressões em potencial no espaço de tempo analisado.
A hashtag passou a ser usada com maior frequência no meio da tarde, com a realização do encontro “Brasil vencendo a Covid-19”, e contou com o endosso da deputada Carla Zambelli e do influenciador Leonardo Bolsonéas.
Para efeito de comparação, a expressão “R$ 89 mil” alcançou 1,3 milhões de menções, com 3 bilhões de impressões em potencial, naquela que é a maior onda de referências negativas ao perfil do presidente no Twitter (@jairbolsonaro) nos últimos 12 meses segundo o sistema analítico BITES.