Por Avelar Loureiro Filho, especial para o blog O que separa os países que conseguem desenvolver um bem-estar para sua população dos que fazem com que seus cidadãos apenas sobrevivam é a forma como se prepararam e se preparam para o futuro.
Basta da cultura do “ir fazendo o que der para fazer”.
Acabou o tempo de “apagar incêndios”.
Temos que poder sonhar e realizar um mundo melhor para todos.
A sociedade, formada por pessoas simples, por empresas, por entidades de pesquisa e ensino, por movimentos sociais, em suma, todos nós, queremos um novo horizonte onde enxerguemos alguma perspectiva de futuro real melhor e factível. É necessário analisar nossa situação, para elegermos nossas prioridades, verificar suas viabilidades, produzirmos bons projetos, desenvolvermos as ações necessárias para seus financiamentos e execuções e constantemente monitorarmos seus resultados no contexto econômico e social para retroalimentarmos este processo, visando, sempre, o melhor retorno para a sociedade.
O Brasil como um todo e o estado de Pernambuco e seus municípios em particular perderam esta capacidade de pensar o futuro, de planejar para obter os resultados mais eficientes e, principalmente, mais eficazes para um desenvolvimento que nos leve aos melhores padrões mundiais.
Este processo de retomada da cultura de planejamento requer que a população comece a exigir esta postura de longo prazo do setor público.
Cabe a todos, e à sociedade organizada em particular, começar o movimento de despertar desta imperiosa necessidade.
Aqui em Pernambuco, surgiu, das dores do sofrimento de curto prazo, um movimento denominado de Movimento Pró-Pernambuco (MPP), formado no início por entidades de representação do setor produtivo, que tem tentado contribuir para a recuperação econômico-social do estado, por meio do resgate do planejamento como forma de alterar o futuro.
Os temas principais, eleitos por este conjunto de representações para iniciar esta caminhada foram os da governança metropolitana, o plano diretor urbano integrado da Região Metropolitana do Recife, o resgate da Agência Condepe/Fidem como órgão planejador, a melhoria da mobilidade metropolitana, por meio da requalificação do sistema de transporte público de passageiros, e a regularização fundiária, através das implementação das REURBS “S” como instrumento de cidadania e presença do Estado Brasileiro em todos os seus níveis federativos nas comunidades.
O desafio agora é começar este processo de planejamento criando opções de escolhas para podermos ter a oportunidade de fazermos estas escolhas e programarmos nosso caminho com todos os atores sociais, sejam eles o setor produtivo, os centros de pesquisa e ensino, a sociedade organizada e os próprios entes públicos.
Vamos todos juntos a este novo futuro que será construído por todos nós!
Avelar Loureiro Filho é presidente do Movimento Pró-Pernambuco (MPP)