O início das obras de dois habitacionais, no Bode, anunciado na quarta-feira da semana passada, pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio, continua rendendo polêmica.

Veja abaixo a tréplica do deputado estadual Wanderson Florêncio, em resposta a uma defesa que o vereador Aerto Luna, da base de Geraldo Julio, fez do projeto, com críticas ao posicionamento de Florêncio.

Em resposta ao vereador Aerto Luna venho registrar como é triste um parlamentar em fim de carreira se passar por menino de recado de um governo sem credibilidade e demagogo.

Quanto ao “lado”, quando se refere a nossa posição política, registro que sempre estive ao lado do povo e da minha consciência e não de governos, aliás, poucos têm a coragem de fazer a travessia para oposição, preferindo, como é seu histórico, continuar nas barbas dos governos seja ele qual for.

Mas vamos ao que interessa, o futuro do terreno do Aeroclube.

Reafirmo nosso posicionamento e luta por uma cidade moderna, inteligente, humanizada, inclusiva e ambientalmente sustentável. É o que chamamos de “cidade do encontro” ou “cidade compartilhada”, nela as pessoas vivenciam a cidade se relacionando com seus espaços e equipamentos públicos.

Temos nos 21 hectares contínuos do terreno do antigo Aeroclube, nas margens da Via Mangue, uma oportunidade única de remodelarmos com esse propósito a Zona Sul do Recife.

Nesse espaço, poderíamos ter um “novo Parque da Jaqueira”, um parque verde, de qualidade e para toda a família, além de uma ocupação mista, com habitações, empreendimentos e equipamentos que conversem com a cidade.

Tendo como núcleo base para qualquer projeto o parque como referência. É medíocre não visionar um projeto nesse sentido, e pior, é enganoso faltando menos de três meses para uma eleição, um governo que em oito anos não teve a competência de apresentar um plano habitacional para o Recife, acumulando obras inacabadas por todos os lados, inclusive habitacionais, e que abandonou os que já existem, ainda imaginar que o povo não enxerga esses problemas e contrassenso.

O ato de anunciar 600 apartamentos nada mais é do que pura especulação eleitoral, aproveitando-se da fragilidade dos que mais precisam, para roubar seus sonhos o transformando em ilusões.