Atenção aos artistas supera políticos nos ataques a Bolsonaro Por Manoel Fernandes, Diretor BITES O presidente Jair Bolsonaro quebrou um recorde nas últimas 24 horas.
Não em função dos 35 mil fãs que passaram a seguir seus perfis oficiais nas redes sociais.
Esse crescimento se manteve dentro do padrão dos últimos meses.
A novidade ocorreu após a agressão contra um jornalista na tarde de domingo.
Considerando os últimos 12 meses, entre ontem e hoje, nunca houve tantas referências negativas ao perfil do presidente no Twitter (@jairbolsonaro).
Até às 19h de hoje, 1,7 milhão de tweets foram publicados com referências ao pagamento de R$ 89 mil pelo ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz à primeira-dama Michelle Bolsonaro, o equivalente a 2,5% do volume mapeado pelo Sistema Analítico BITES desde agosto de 2019.
Essa pressão veio na sua maior parte de artistas, jornalistas e influenciadores digitais, como a cantora Anitta e Caetano Veloso.
O post de Felipe Neto reproduzindo a mensagem “Presidente @jairbolsonaro por que sua mulher Michelle recebeu R$89.000,00 de Fabrício Queiroz?” havia alcançado no final de hoje 18 mil RTs.
A segunda posição era da jornalista Gabriela Priolli (17 mil).
Esse movimento também se refletiu na criação de hashtags negativas.
Nove foram aparecendo ao longo das últimas horas e #respondebolsonaro foi a mais utilizada.
No total, essas expressões apareceram em 1,3 milhão de tweets.
Mesmo assim, o ataque contra Bolsonaro permaneceu restrito aos desafetos habituais, mas a novidade foi a hegemonia de influenciadores digitais, como Anitta, Caetano Veloso e Fabio Porchat, sobre políticos tradicionais que não conseguiriam atrair a mesma atenção.
Os 18 mil retuítes de Felipe Neto, por exemplo, representam a soma dos RTs alcançados pelos deputados Alessandro Molon, Tabata Amaral, Marcelo Freixo, Benedita da Silva, o senador Randolfe Rodrigues e o vereador paulista Eduardo Suplicy.