Vereadores que conhecem bem os humores da Câmara Municipal do Recife informam, reservadamente, que não vai em nada o pedido do Conselho Tutelar para punir, via decoro parlamentar, os dois vereadores que tomaram parte e até estimularam os protestos na porta do hospital em que a garota de dez anos, do ES, fazia um aborto legal, no Recife.
Vereadores e deputados à direita também exploram caso de aborto legal no Recife “Não estão existindo reuniões presenciais na CMR e todos já estão com foco na eleição”, cita um parlamentar. “Além disto, a Comissão de Ética é presidida pela Irmã Aime Carvalho (PSB), religiosa, evangélica e pertencente ao mesmo pensamento dos vereadores denunciados”. “Acho quase impossível, ainda mais num ano eleitoral.
Não deve ter voto pra isso.
Precisaria de 13 votos.
Não tem isso”, diz outra das fontes.
Nesta quarta-feira (19), a Câmara Municipal do Recife recebeu uma notícia de fato com pedido de providências do Conselho Tutelar da cidade (RPA-01).
O conselho pediu que a comissão de Ética instaurasse um procedimento para apurar a conduta dos parlamentares Michele Collins e Renato Antunes.
De acordo com o texto encaminhado, os vereadores podem ter violado os direitos da criança que foi atendida pelo Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM) em um procedimento de aborto legal.
Michele Collins aciona Ministério Público sobre aborto em menina de 10 anos em Recife Sara Winter expõe nome de menina de 10 anos estuprada e endereço de hospital no Recife Clarissa Tércio pediu na Justiça interrupção de aborto legal no Recife. ‘Capital do aborto’ O Conselho Tutelar reclamou que os parlamentares tentaram impedir o cumprimento da lei incitando manifestações contrárias ao direita da criança, algo que poderia ser interpretado como quebra de decoro parlamentar.
A vereadora Aimée Carvalho não deu um pio sobre o pedido.
Ela havia se pronunciado antes, condenando o suposto agressor.
Rolo foi parar na porta do MPPE A vereadora Aline Mariano (PP) esteve no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) acompanhada dos advogados André Francisco, Maria Carvalho, Ulisses Dornelas e Cristiane Barbosa, com o objetivo de , segundo ela, buscar uma apuração rigorosa e punição para os responsáveis pelo vazamento de informações sobre presença da menina de 10 anos que teve a gravidez interrompida no Cisam.
A parlamentar protocolou a notícia-crime no MPPE com o objetivo de garantir mais rigor na investigação que vai apontar se houve vazamento da informação acerca da chegada da menina capixaba no Cisam e quem seriam os responsáveis por repassar que a criança estava na unidade de saúde a ponto de promover aglomerações em frente ao hospital. “Precisamos identificar se houve vazamento e quem vazou essas informações da chegada da menina na unidade de saúde.
O que a gente assistiu nas redes sociais e na imprensa foi um absurdo.
Tanto a criança quanto os profissionais de saúde foram xingados e até chamados de assassinos.
O que nos conforta é que o procedimento foi feito e a garota já recebeu alta”. “A nossa vinda ao MPPE é para reforçar a importância da apuração desse caso e a punição para os responsáveis pelo vazamento de um assunto que teria que ser sigiloso por lei.
A polícia e o Ministério Público sempre trabalham de forma integrada e eu tenho certeza que o desfecho dest