Depois de uma reunião dos representantes da categoria dos barraqueiros com o governo do Estado, nesta quinta-feira, ficou definido a entrada do comércio de praia na próxima etapa de reabertura.

A data estipulada é 1º de setembro, de acordo com informações de bastidores.

A reabertura somente pode não ocorrer caso os números da pandemia piorem na capital pernambucana, pois desde o começo da crise a Secretaria de Saúde assumiu a palavra final sobre as decisões de governo Paulo Câmara.

Em coletiva de imprensa nesta tarde, as autoridades estaduais preferiram não se comprometer com datas.

No encontro, os barraqueiros também receberam a promessa de que terão até R$ 3 mil em crédito com os menores juros do mercado para reabrir seus negócios.

De início, após os barraqueiros que atuam na orla da praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, realizarem um primeiro protesto para pedir a liberação do trabalho na faixa de areia, o Governo de Pernambuco, através da Secretaria da Casa Civil, se reuniu com os representantes das associações de comerciantes, por videoconferência, e informaram que pretendiam anunciar até a terça-feira (18).

PCR e barraqueiros acordam requalificação dos quiosques das praias de Boa Viagem e Pina Com cartazes pedindo para voltar a trabalhar, barraqueiros de praia do Recife e Jaboatão dos Guararapes realizaram um novo protesto na manhã desta quinta-feira (20).

Os comerciantes fecharam a Avenida de Boa Viagem na altura do quiosque 38, próximo à Pracinha de Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana, em reivindicação pela retomada da atividade - paralisada desde março por conta da chegada da pandemia do novo coronavírus a Pernambuco. É a segunda vez em menos de uma semana que o segmento faz manifestação no local.

Apesar de as praias estarem abertas para banho de mar, prática de atividades físicas e quiosques, o comércio na faixa de areia ainda não foi permitido nos municípios.

Os barraqueiros liberaram a avenida no início da tarde, mas continuam em concentração até que o Governo do Estado informe uma data de reabertura, antecipada pelo blog.

Cinco meses sem trabalhar O presidente da Associação dos Barraqueiros da Orla de Boa Viagem, Severino da Silva, falou que o grupo vem discutindo os protocolos com o Governo. “Eles concordaram com a gente, sobre o distanciamento de 1,5 metro, sobre ter álcool em gel, material higienizado, só atender banhista que vir com máscara”, citou.

Presidente da Nova Associação dos Comerciantes e Microempreendedoras da Orla de Jaboatão dos Guararapes, que representa 186 trabalhadores, Sandoval Berto contou ao JC que, durante o protesto, o Governo convidou os representantes do setor para negociar os termos no Palácio Campo das Princesas.

Uma das queixas dos comerciantes é justamente a falta de definições do Estado em relação à retomada.

Os trabalhadores estão em tratativas com a Prefeitura do Recife sobre o assunto, segundo ele.

Na última quinta-feira (13), tiveram reunião com as secretarias de Mobilidade e de Turismo. “Ficou tudo definido (os protocolos), mas até agora não deram resposta.” A reclamação principal do segmento era justamente sobre terem ficado para trás no Plano de Convivência com a Covid-19. “Todos os setores reabriram, avançaram, inclusive bares e restaurantes já têm música ao vivo.

Como a gente pode não voltar, se todo mundo voltou?”, questionou Severino.

A entidade representa 478 comerciantes no Recife, 70% dos quais são microempreendedores.

Porto de Galinhas Na Praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco, comerciantes montaram barracas e ambulantes circularam na orla nessa quarta (19) e nesta quinta (20), mesmo com a proibição do governo estadual.

A movimentação pêde ser notada por imagens registradas e divulgadas por comerciantes e frequentadores do balneário, considerado um dos principais cartões-postais do Estado. À reportagem, a Prefeitura de Ipojuca demonstrou preocupação pela gestão estadual ainda não ter concluído o protocolo para a retomada da categoria, conforme foi declarado ao JC pelo próprio Governo de Pernambuco, e defende que seus índices epidemiológicos justificam retorno das atividades.

O município informou que notificou as associações das duas categorias por infringirem o decreto estadual, e que enviou ofício ao Ministério Público, comarca de Ipojuca, solicitando que o órgão ajudasse na intermediação entre as categorias e o Governo do Estado.

A gestão afirmou, também, que entregou ao Estado, desde o dia 03 de junho, o protocolo municipal de retomada das atividades nas praias, feito em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e que enviou ofício ao governador Paulo Câmara pedindo a liberação do protocolo municipal desde o dia 15 de julho, mas não obteve resposta.