Por André Eler, da BITES Os funcionários do Correios podem ter escolhido o pior momento para iniciar uma greve.
Até às 19h30 de hoje, apenas 2.770 perfis no Twitter tinham publicado posts com hashtags favoráveis ao movimento.
Na direção contrária, 13 mil usuários estavam produzindo menções a favor da privatização.
Na mídia, a repercussão estava na mesma direção.
Os artigos sobre a venda da companhia estavam conseguindo maior amplitude digital em relação aqueles em defesa ou neutros sobre a paralisação.
Do total de 37 mil textos produzidos no Brasil em sites da mídia profissional e alternativa, 1,5% tratavam da greve.
A baixa aderência aos grevistas também foi verificada na Câmara dos Deputados.
Dos 24 partidos com representação na Casa, apenas seis trataram do assunto e os defensores dos funcionários dos Correios não conseguiram gerar tantas interações quanto o grupo favorável à privatização.
Do total de 16 mil interações registradas nos 33 posts em redes sociais publicados pelos deputados em torno da paralisação, 28% ocorreram em conteúdos em favor dos grevistas e 72% contra.
A importância dos serviços de entrega durante a pandemia, além da polarização política, impulsionou hashtags como #PrivatizaOsCorreios que alcançou os Trending Topics do país, #privatizacorreios e #privatizatudo.
Com a discussão virando disputa entre polos políticos, diluem-se as menções por grupos afetados pela paralisação do sistema logístico.