Por Manoel Fernandes, diretor da BITES Mesmo diante de uma disputa difícil, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), tem ao seu lado um contingente de fiéis seguidores que interagem com suas publicações nas redes sociais.
Esses aliados ajudam na propagação das mensagens publicadas nos perfis oficiais do prefeito no Twitter, Facebook, Instagram e Youtube.
Numa eleição sem comícios, esse é um ativo importante.
Crivella tem hoje 2,7 milhões de seguidores nas redes sociais. É o líder entre os 26 prefeitos de capitais.
Além dessa vantagem, ele conseguiu entre 04 de abril e às 17h de hoje, 13 de agosto, a maior quantidade de compartilhamentos em seus conteúdos, quando um fã traz a mensagem de um terceiro para dentro de sua rede de amigos na Internet.
Esse é movimento não significa apenas concordância com a mensagem. É revestido do desejo de levar a informação original o mais longe possível dentro da Internet.
Desde abril, Crivella alcançou 331 mil compartilhamentos em 1.561 posts contra 180 mil de Rafael Greca de Curitiba.
Nas interações totais, quando são somadas as curtidas, comentários, retuítes e compartilhamentos, o prefeito do Rio registrou 3,5 milhões.
Perdeu a primeira posição para ACM Neto, de Salvador, que alcançou quase 5 milhões de interações desde abril. É com esse ativo e os militantes virtuais que Crivella desembarca na eleição carioca.
Quando é comparado com os seus potenciais adversários, a vantagem parece aumentar.
Em relação a Eduardo Paes do DEM, que hoje aparece com alguma força eleitoral, Crivela, que é sobrinho do bispo Edir Macedo da Igreja Universal, tem quase quatro vezes mais aliados na Internet.
A rede de Paes tem 724 mil fãs.
Outro nome cogitado para entrar na disputa, o vereador Paulo Messina do MDB, tem 30 vezes menos seguidores em seus perfis do que o atual prefeito da capital do Rio de Janeiro.
Nas redes sociais, o deputado Marcelo Freixo (3,4 milhões de seguidores) poderia fazer frente ao prefeito Crivella, mas ele desistiu da candidatura após não conseguir apoio do PT local.
Em seu lugar, o partido indicou a deputada estadual Renata Souza, hoje com 130 mil fãs.
Sozinha, a Internet não ganha eleição, mas ao sair com essa vantagem, Crivella tem a chance de construir narrativas mais rápidas junto à opinião pública digital.