Por Manoel Fernandes, Diretor da BITES Quando deixou o governo em 18 de junho a caminho dos Estados Unidos, o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, estava com 1.646.000 de seguidores em seus perfis oficiais no Twitter, Facebook, Instagram e Youtube.
Até a mudança, o conteúdo publicado nessas contas recebia 6.738 interações por posts (comentários, curtidas, compartilhamentos e retuítes).
Desde então, a média subiu para 9.956, variação de 48%.
No Banco Mundial, Weintraub continua utilizando esses canais para elogiar o presidente Bolsonaro e fustigar, quando não atacar sem filtros, os adversários do governo.
O ex-ministro tem hoje 2 milhões de seguidores, ganhou 354 mil desde da saída da Esplanada dos Ministérios.
Weintraub é parte do mesmo fenômeno descrito na edição de ontem com a ministra Damares Alves.
Ambos integram o núcleo mais duro do bolsonarismo e estão sendo içados pela rede de apoio ao presidente como ícones do conservadorismo mais radical para 2022.
Essa performance do ex-ministro é expressiva porque fica bem próximo do ex-presidente Lula e supera dois candidatos que disputaram a eleição de 2018: Ciro Gomes e Haddad.
O trio tem mais seguidores que o aliado do presidente – Lula com 7,9 milhões, Haddad outros 5,7 milhões e Ciro conta com 3,2 milhões—,mas em uma variável o ex-ministro fica próximo do líder petista e supera os outros dois candidatos.
Nas interações por post desde 18 de junho, o ex-presidente alcançou 13.906 interações em cada post publicado em seus perfis nas redes sociais.
Ciro atingiu 2.029 e Haddad outras 8.298.
Além disso, desde a saída do ministério, Weintraub ganhou 7,5 vezes mais seguidores (354 mil) do que a soma dos três adversários (47 mil.)