Por Larissa Lira O Governo de Pernambuco comunicou, nessa terça-feira (30) que a ‘Fase 5’ do Plano de Monitoramento e Convivência das Atividades Econômicas no Estado entra em vigor a partir da próxima segunda (6).
A reabertura dos bares e restaurantes, que aconteceria até então na mesma data com a antecipação da ‘Fase 7’, não foi confirmada.
Em nota, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Estado (Abrasel-PE) se manifestou sobre a indefinição e afirmou que recebeu com “surpresa e frustração” a medida.
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A associação representa cerva de 17 mil bares e restaurantes no Estado disse que a medida foi tomada sem “nenhuma justificativa” e pediu para que o governo “reconsiderasse” a reabertura no dia 6. “Há seis semanas Pernambuco vem apresentando queda no número de casos graves e de óbitos, puxados pelos avanços nos números da Saúde na Região Metropolitana do Recife.
Neste sentido, entendemos que está havendo o mesmo tratamento para regiões com situações distintas”, relatou a nota.
Na coletiva dessa terça-feira (30), o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, explicou que os avanços no plano são feitos a partir da análise dos dados relacionados ao comportamento do coronavírus no Estado. “Estamos acompanhando os dados, monitorado com recortes regionais, que permite definir regiões que avançam e cidades que exigem cautela e não podem ter restrições flexibilizadas.
O avanço será gradual, sempre com muito cuidado com a saúde”, afirmou o secretário.
Schwambach também confirmou que não há uma data específica para a retomada das atividades dos bares e restaurantes, mas disse que os protocolos estão encaminhados.
A associação defendeu em nota que a indefinição, motivada por uma “falta de sensibilidade”, “atinge em cheio um setor que vem sendo duramente penalizado” e diz que tem “todos os protocolos prontos, os mesmos que estão sendo usados em outros estados que já permitiram a retomada deste segmento”.
Leia a nota na íntegra: Nós da Abrasel-PE recebemos com surpresa e frustração a notícia de que o governo Paulo Câmara decidiu por manter em condições de extrema dificuldade o já penalizado setor de bares e restaurantes.
Era esperado, de acordo com plano de convivência com a covid-19, o avanço para a Etapa 6 na próxima semana, na Região Metropolitana do Recife, o que permitiria nossa retomada nesta área.
Lembramos que as atividades da Etapa 5, principalmente a operação dos Shopping Centers, haviam sido liberadas antecipadamente no dia 22 de junho (exceto os Shopping Centers da Região do Agreste e a feira de confecções do polo de Caruaru).
Sem nenhuma justificativa, a decisão foi por retardar o avanço da Etapa 6, embora o secretário de Planejamento, Alexandre Rebelo, tenha dito, em entrevista coletiva nesta tarde de terça-feira (30), que há seis semanas Pernambuco vem apresentado queda no número de casos graves e de óbitos, puxados pelos avanços nos números da Saúde na Região Metropolitana do Recife.
Neste sentido, entendemos que está havendo o mesmo tratamento para regiões com situações distintas.
Além disso, o secretário de Saúde, André Longo, lembrou que o estado atingiu a ocupação média de 77% nos leitos de UTI, taxa que não era alcançada desde 05 de abril.
Isso confere que, além de terem sido eliminadas as filas de espera para os casos graves, há mais de 200 leitos de UTI disponíveis.
Desde o anúncio do plano de convivência com a covid-19 tem sido dito que, havendo avanço nos números da saúde, haveria também avanço na retomada das atividades econômicas.
Não é o que estamos vendo.
Alertamos mais uma vez que essa decisão atinge em cheio um setor que vem sendo duramente penalizado, apesar de estarmos com todos os protocolos prontos, os mesmos que estão sendo usados em outros estados que já permitiram a retomada deste segmento.
Esses protocolos nos permitem voltar às atividades com responsabilidade e cuidados, tanto com o nosso público, quanto com os colaboradores.
Lamentamos que, ao mesmo tempo em que vemos a falta de sensibilidade do governo com nosso setor, assistimos, dia a dia, pessoas nas ruas sem máscaras, aglomerando-se nas periferias, no transporte público, e pouca ou nenhuma fiscalização.
São dois pesos e duas medidas.
Desta forma, pedimos ao governo do estado que reconheça que as diversas regiões do estado estão em fases diferentes de evolução da doença e reconsidere, imediatamente, sua posição quanto à reabertura dos bares e restaurantes, permitindo esta retomada no dia 6 de julho.
Recife, 30 de junho de 2020 Conselho de Administração da Abrasel-PE