Por Larissa Lira Além das incongruências acadêmicas, o currículo do atual ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, também está sendo questionado.
Segundo o Uol, ao invés de ser “Oficial da Reserva da Marinha”,como consta na sua descrição feita pelo portal do MEC na época em que assumiu a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ele pertenceria à categoria da reserva de Segunda Classe da Marinha, sendo um “RM2”.
LEIA TAMBÉM: > Após indícios de irregularidades no currículo, Decotelli diz que conversou com Bolsonaro e que permanece no ministério > Planalto adia posse de novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli Nessa categoria, Decotelli teria ingressado na Força sem concurso e para prestar um serviço militar temporário, no qual não precisou passar pelas escolas de formação de oficiais.
Em seu currículo Lattes, o ministro também se diz “Intendente Honorário da Marinha”, que é um título honorífico, uma condecoração de valor relativo, na avaliação de oficiais da Força.
Ao contrário de honrarias como a Ordem do Mérito Naval ou a Medalha do Mérito Tamandaré, o título de “Intendente Honorário” não é dado pelo Presidente da República, mas oferecido pelo Secretário-Geral da Marinha.
Ministro também não teria sido professor efetivo na FGV Por meio de nota, a Fundação Getulio Vargas (FGV) negou que o ministro tenha sido professor das escolas da instituição.
Segundo a fundação, ele atuou como professor colaborador “apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos”.
Em seu currículo, Decotelli aponta ter sido professor na FGV, entre 2001 e 2018, sem especificar o tipo de relação com a instituição, indicando um vínculo efetivo.
No meio acadêmico, a prática pode ser considerada pouco transparente, uma vez que há formas de denominar a vinculação como “colaborador”.