Por Larissa Lira, com informações do Estadão Conteúdo Nesta sexta-feira (26), a Polícia Federal prendeu o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, investigado no inquérito que apura o financiamento de atos antidemocráticos no País.
Segundo o Estadão, investigadores identificaram risco de fuga do país e, por isso, o relator do inquérito, o ministro Alexandre de Moraes, aprovou a ordem de prisão.
O blogueiro foi detido em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
No Twitter, a ativista Sara Winter, solta nesta semana após dez dias de prisão provisória pelo mesmo inquérito, comentou que Oswaldo é mais um “preso político”.
Aos que acharam que as prisões políticas tinham acabado, se enganaram.
O jornalista Oswaldo Eustáquio acaba de ser preso.
Estamos em estado de exceção, jornalistas e apoiadores do PR sendo presos, deputados sendo perseguidos… É a verdadeira caça aos conservadores — Sara Winter (@_SaraWinter) June 26, 2020 “Estamos em estado de exceção, jornalista e apoiadores do PR sendo presos, deputados sendo perseguidos… É a verdadeira caça aos conservadores”, escreveu Sara.
Na sema passada, Oswaldo teve o sigilo financeiro e bancário quebrado por ordem do ministro Alexandre de Moraes, que também cobrou o envio de relatórios financeiros e pagamentos efetuados ao blogueiro pela monetização de vídeos e publicações feitas em suas redes sociais.
A quebra de sigilo engloba o período de 19 de abril do ano passado, o Dia do Exército, ‘marco mais remoto que se pode cogitar do início de eventual concertação para organizar os atos antidemocráticos em apuração’, até o dia 03 de maio deste ano - ‘data da manifestação imediatamente seguinte à que aconteceu durante a celebração daquela efeméride neste ano’.
O blogueiro mantém um site em que defende medidas e propostas caras ao Planalto, suas publicações são replicadas pelos filhos do presidente nas redes sociais.
Em uma de suas lives, um ativista insinuou que o deputado federal Jean Wyllys teria tido contato com o esfaqueador do presidente, Adélio Bispo.
Perante a Polícia Federal, o homem não sustentou a versão.
Apesar do desmentido, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) compartilharam uma peça de desinformação derivada da live.
Os dois foram condenados pela Justiça a excluírem as publicações em ação movida por Jean Wyllys - Oswaldo também foi alvo da medida.