Por Manoel Fernandes, Diretor BITES, em informe ao blog Eleito na esteira do bolsonarismo e depois de repetir várias vezes o desejo de ser candidato a presidente da República em 2022, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, está longe de concretizar seus planos.

Sem base política para protegê-lo de um processo de impeachment aberto na Assembleia Legislativa, ele também começa a vislumbrar a debandada de parte da opinião pública digital que o acompanhava nos perfis oficiais no Twitter, Facebook e Twitter.

No início do ano quando se transformou em voz dissonante dentro do espaço ideológico do presidente Jair Bolsonaro, Witzel, hoje com 1 milhão de seguidores, começou a perder apoio na Internet.

Fenômeno natural enfrentado por aqueles que deixam o barco do presidente.

De 01 de janeiro até 04 de março, 28 mil perfis deixaram de seguir seus posts.

Logo após o início da pandemia do Coronavírus, o governador recuperou vitalidade e ganhou 78 mil aliados nas redes sociais, mas a abertura do processo de impeachment em 10 de junho iniciou um novo ciclo de desaceleração que deve ficar mais intenso na medida que a Alerj caminha para cassar o mandato de Witzel.

Desde o início da investigação, ele perdeu 4 mil seguidores no Facebook e Twitter e curva de crescimento no Twitter está estabilizando com tendência de queda.

Esse desembarque também se reflete nas interações médias em cada post publicado pelo governador.

Até o anúncio do impeachment, a taxa era de 2.087 interações por publicação.

Hoje está em 956.

A redução foi de 54%.

A partir da busca e apreensão da Polícia Federal na residência oficial do Palácio das Laranjeiras no final de maio, o governador apareceu em 3.298 artigos em sites de notícia.

Volume é maior daquele dedicado a João Doria no mesmo período.

Os textos sobre Witzel de maior repercussão nas redes sociais são de natureza negativa e o recordista em interações no Facebook e Twitter alcançou 87.200 interações, seguido de outro com 86 mil interações no qual Bolsonaro sugere que o ex-aliado será preso e de um terceiro que traz a informação do desejo de Witzel de se reaproximar de Bolsonaro.