Maria Fernanda Coelho deu uma entrevista ao site da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), em que tece críticas ao atual governo. “No Brasil, hoje, há uma luta que é maior e mais abrangente.
Isso requer o envolvimento de todos que acreditam na democracia e na justiça social.
Trata-se do Fora Bolsonaro, por tudo de nefasto que sua gestão representa.
O presidente da República se mostrou inimigo do povo brasileiro”.
Maria Fernanda Ramos Coelho presidiu a Caixa Econômica Federal entre 2006 e 2011.
Foi a primeira e única mulher a ocupar o cargo, desde a criação do banco, em 1861.
Conduziu o programa Minha Casa Minha Vida, que financiou mais de um milhão de moradias em praticamente um ano (de 2009 a 2010), e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) — dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
A ex-presidente da Caixa, empregada concursada desde 1984, atualmente aposentada, “denuncia” as intenções do governo Bolsonaro de retirar recursos do banco e de tentar abrir seu capital, com o propósito de vendê-lo em seguida. “A Caixa é fundamental para financiar crédito e políticas sociais”, disse.
Maria Fernanda defende a manutenção da Caixa 100% pública, “patrimônio dos brasileiros que não pode ser destruído”.
Segundo ela, como o Brasil é muito desigual, o desafio é buscar, ainda por muitos anos, a democratização do acesso ao crédito, bens e serviços.
Maria Fernanda foi superintendente nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, área responsável pelas estratégias e desenvolvimento empresarial do banco.