O escritório de advocacia de Ademar Rigueira, na defesa do empresário Filipe Bezerra Figueiredo, vem prestar os seguintes esclarecimentos em relação à Operação Antídoto, deflagrada nessa terça (16), pela Polícia Federal. 1.

A empresa FBS Saúde Brasil foi constituída no ano de 2017, com o objetivo de comercializar equipamentos médicos.

A Sra.

Josefa Maria, pessoa do convívio familiar do Sr.

Filipe, integrou a sociedade como sócia de direito até dezembro de 2017 e, no início de 2018, o Sr.

Filipe Bezerra Figueiredo igualmente encerrou suas atividades na empresa, fato devidamente registrado na JUCEPE. 2.

Assim, desde o início de 2018, o Sr.

Gustavo Sales Afonso de Melo é o único sócio, de fato e de direito, da FBS Saúde Brasil.

Prefeitura do Recife contesta valor de contrato e sócio de empresa investigada Após ação da PF na PCR, TCE abre auditoria para investigar contrato de R$ 81 milhões sem licitação Entenda a polêmica A Polícia Federal em Pernambuco, com o apoio da Controladoria-Geral da União, deflagrou a Operação Antídoto, na manhã desta terça-feira (16), para investigar as contratações diretas emergenciais realizadas pela Secretaria de Saúde do Recife com a empresa FBS Saúde Brasil Comércio de Materiais Médicos Eireli no enfrentamento à pandemia do coronavírus.

A Prefeitura do Recife negou irregularidades.

São cumpridos seis mandados de busca e apreensão.

Não são cumpridos mandados da prisão.

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Os crimes investigados são de falsidade ideológica, peculato (desvio de dinheiro público) e dispensa indevida de licitação, sem prejuízo de outros que possam surgir no decorrer da apuração.

LEIA MAIS: > Governo Paulo Câmara deve liberar praias, parques e praças até quarta-feira agora > Geraldo Julio prepara ‘Operação Tapa Buraco’ de R$ 42 milhões no Recife Outro lado Após a Polícia Federal deflagrar operação para apurar compras da Prefeitura do Recife na pandemia, a gestão municipal divulgou nota oficial negando supostas irregularidades.

Em comunicado, a Prefeitura do Recife informou que “as compras às empresas Saúde Brasil e AJS Comércio e Representações foram realizadas cumprindo todas as exigências da Lei 13.979/2020”.

Ainda de acordo com a Prefeitura, os processos teriam sido enviados antes para órgãos de controle, como Tribunal de Contas, Ministério Público Federal e, por solicitação, à Polícia Civil. “Os preços estão de acordo com os praticados no mercado e toda documentação exigida pela lei foi apresentada.

Todos os materiais comprados já foram recebidos e estão em uso nas unidades de saúde da emergência da COVID-19”, diz a Prefeitura. “O valor total das compras realizadas e recebidas foi de R$ 7,5 milhões da empresa AJS e R$ 15,5 milhões da empresa Saúde Brasil”, complementa.

A Prefeitura se diz “à disposição de todos os órgãos de controle para esclarecer o que for necessário e reafirma que todos os processos cumpriram as exigências legais”.