Após provocação da Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco, por meio dos seus coordenadores Pedro Josephi e Márcio Morais, o promotor Humberto Graça instaurou procedimento próprio para fiscalizar as ações do Grande Recife Consórcio e da URBANA.
O Grande Recife e os empresários de ônibus terão que comprovar ao Ministério Público de Pernambuco, em face da retomada gradual dos serviços, a adoção de medidas preventivas ao contágio e transmissão do coronavírus no âmbito do Sistema de Transporte da Região Metropolitano semanalmente.
A Frente de Luta tem denunciado que a frota de ônibus está insuficiente e que os empresários não tem promovido diligências para proteger usuários e trabalhadores. “Criamos uma central de denúncias e temos recebido da população relatos, imagens e vídeos, diariamente, de superlotações e aglomerações.
Já propusemos ao Governo que algumas linhas possam ir diretamente ao Centro sem necessidade de entrada nos Terminais Integrados, por exemplo, para diminuir o fluxo de pessoas, mas até agora isso ocorreu de forma muito tímida.”, afirma o advogado Pedro Josephi.
Câmara do Recife faz pedido A Câmara Municipal do Recife aprovou, na sessão remota realizada na manhã desta terça-feira (16), o requerimento que solicita ao governador Paulo Câmara que determine ao Grande Consórcio Recife o imediato reforço na frota de ônibus disponível na cidade.
A proposta foi de autoria do vereador Augusto Carreras (PSB), que argumentou que a aglomeração nas paradas e a superlotação dos coletivos vão de encontro aos protocolos sanitários da própria Secretaria de Saúde estadual no combate a pandemia do novo coronavírus.
Após balanço, Paulo Câmara diz que curva do vírus continua caindo em Pernambuco 99 cidades de Pernambuco reabrem varejo de rua e salões de beleza na segunda-feira De acordo com o Grande Consórcio Recife, apenas 60% da frota está prevista para circular nesta semana, que marca o início da terceira etapa de flexibilização do isolamento proposto pelo Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19. “O que vimos até aqui foi que os ônibus colocados à disposição da população não foram suficientes, principalmente nos Terminais Integrados.
A estimativa do Grande Consórcio ficou aquém da demanda real.
Longas filas, aglomerações nas paradas e coletivos superlotados.
Isso é tudo o que não se pode ter nesse momento”, disse Augusto Carreras.
O requerimento apresentado na Câmara Municipal do Recife foi aprovado por unanimidade e encaminhado ao governador Paulo Câmara. “As atividades econômicas estão retornando gradualmente, mas não podemos nos esquecer que continuamos em guerra contra o coronavírus.
O distanciamento social é um dos pilares desse combate e temos que fazer tudo o que mandam os protocolos sanitários.
Temos que garantir as condições necessárias para que as pessoas não se coloquem em risco”, afrimou Augusto Carreras. “Tudo que não poderia acontecer nesse momento de retomada das atividades econômicas no Recife e no Estado.
Uma segunda onda de casos da Covid seria péssimo em todos os sentidos.
Coloca a vida de cidadãos pernambucanos em risco, sobrecarrega ainda mais o nosso sistema de saúde e traz novos reflexos negativos sobre a economia.
Não gosto nem de pensar nessa possibilidade”.
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