Depois de uma reunião virtual, a Comissão Executiva Nacional do PSB anunciou que reiterou a necessidade da formação de uma frente “amplíssima” em defesa da democracia diante do “fundamentalismo” de extrema-direita do governo Bolsonaro.

Os socialistas reafirmaram o engajamento no movimento pelo Impeachment Já do presidente da República.

Durante quatro horas, os socialistas analisaram a conjuntura política, econômica e social do país e aprovaram propostas voltadas para a área econômica e social no período pós-pandemia.

Uma manifestação em desagravo ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de Justiça foi aprovada pelo colegiado “em reconhecimento à firme atuação de seus integrantes na defesa do Estado Democrático de Direito e das garantias constitucionais”. “Jair Bolsonaro busca implantar no país um regime autoritário, com uma estratégia que inclui, por exemplo, a tentativa de armar a população civil e de envolver polícias e Forças Armadas; o desmonte da legislação e órgãos de controle ambiental; o descaso com a pandemia do coronavírus e o uso de fake news contra governos prejudicando o combate à doença; as limitações às políticas assistenciais e aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres; e os ataques sistemáticos à verdade e aos fatos pelas redes sociais – em contraposição à atuação da imprensa”, diz o PSB.

Participaram da reunião, realizada por meio de um aplicativo e coordenada pelo presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, os governadores Paulo Câmara (Pernambuco) e Renato Casagrande (Espírito Santo), os ex-governadores Rodrigo Rollemberg, Ricardo Coutinho, Márcio França e João Capiberibe, o vice-presidente de Relações Governamentais do PSB, Beto Albuquerque, deputados federais, senadores, prefeitos e representantes dos seis segmentos sociais do partido.

De acordo com o partido, um balanço foi apresentado ao colegiado com as principais medidas do governo Bolsonaro, divididas em 18 tópicos.

Frente ampla e programa robusto Para fazer frente ao atual governo, o PSB defende que a frente ampla seja formada com base em um programa “majoritário e robusto” em defesa da democracia e de suas instituições.

Para os socialistas, esta frente deve envolver toda a sociedade civil, como artistas, intelectuais, partidos políticos, governadores e prefeitos, sindicatos e confederações de trabalhadores, instâncias representativas democráticas das polícias, órgãos de imprensa, cientistas e autoridades de saúde. “O partido se propõe a somar esforços com movimentos da sociedade civil que se opõem ao governo, como #Somos70%, #EstamosJuntos e #Basta”. “Esta tarefa é urgentíssima, porque não se pode dizer, infelizmente, que o presidente da República e seu grupamento ideológico estejam sendo mal sucedidos nos intento de impor sua plataforma política fundamentalista à sociedade civil.

Além disso, estão melhor organizados neste momento do que as forças democráticas, e têm sob seu controle a máquina federal”, afirma o partido.

O PSB disse que seguirá empenhado na ampliação do movimento Janelas da Democracia, que reuniu personalidades e lideranças do mundo político, social, artístico, cultural e intelectual, em uma live pelas redes sociais de cinco partidos – PSB, PDT, Rede, PV e Cidadania.

A segunda edição será no dia 18 de junho e contará com um número maior de representantes de segmentos sociais dispostos a defender a democracia.

Propostas pós-pandemia Os socialistas aprovaram propostas para o enfrentamento da crise econômica e social no período pós-pandemia.

Entre elas, o estabelecimento de um programa de renda mínima universal, e a formulação de um programa de investimentos públicos diretos e de um plano de recuperação financeira de empresas.

Também a defesa da criação de um fundo garantidor de financiamentos para as micro, pequenas e médias empresas, com juros baixos, o fomento ao investimento privado, além de medidas para adequar o serviço da dívida pública à realidade de grave crise. “Considerada uma das áreas mais atacadas pelo atual governo, a educação é considerada um “eixo estruturante para reconstrução do país” no pós-pandemia”.