A morte de Miguel Otávio, de 5 anos, após despencar do 9º andar onde a mãe trabalhava no Recife, alertou a Câmara Municipal para a elaboração de lei que destaque a necessidade de maior prudência em condomínios.
A proposta foi apresentada pelo vereador do Recife, Samuel Salazar (MDB).
Após caso Miguel, Defensoria Pública pede à SDS a proteção à imagem de pessoas investigadas O projeto determina que residenciais instalem grades ou redes de proteção nas janelas, varandas e sacadas de áreas comuns.
O descumprimento prevê advertência e multa entre R$ 500 e R$ 10 mil.
Para o vereador Samuel Salazar, a proposição é determinante na garantia de maior segurança e para que não ocorra novamente fato semelhante ao que resultou na morte de Miguel. “Essa Lei vai ser conhecida como Lei Miguel, homenagem in memoriam a ele e a Mirtes Renata Santana, a mãe que perdeu o filho tão precocemente.
Temos que tentar evitar que essa fatalidade aconteça novamente”, disse o parlamentar. “O projeto é uma forma da gente deixar o local com mais segurança para os condôminos e visitantes e não há grandes custos quando a prioridade é a vida”, pontua.
Segundo a matéria protocolada, edifícios antigos e novos terão que se adaptar. “Os condomínios terão 120 dias após a entrada em vigor da lei para providenciar as proteções e os novos, terão que incluir no projeto para tirar o ‘Habite-se’”, alerta o parlamentar.
A proposta segue para tramitação na Câmara Municipal do Recife e deverá passar pelas comissões específicas como a de Legislação e Justiça.
Entenda o Caso Miguel Otávio Santana da Silva, 5 anos, morreu na terça-feira (2), após cair do 9º andar do Condomínio Píer Maurício de Nassau, conhecido como “Torres Gêmeas”, no bairro de São José, no Recife.
A mãe de Miguel, Mirtes Renata Santana de Souza, tinha deixado ele aos cuidados da empregadora, enquanto havia descido para passear com o cachorro dos patrões.
Por meio de imagens das câmeras de segurança do elevador, é possível ver que o menino Miguel entrou no elevador sozinho e foi seguido pela patroa da mãe, Sarí Côrte Real.
Segundo perícia, Miguel apertou botões e a ex-patroa também.
No elevador sozinho, Miguel para em outro andar, mas ele não desce.
Quando o elevador abre no 9º, Miguel sai, abre uma porta e pula uma janela que dá na área das condensadoras de ar-condicionado.
No local há proteção feita por um guarda-corpo de alumínio, mas sem tela ou grade.
Foi dali que Miguel despencou de uma altura de 35 metros.
A ex-patroa de Mirtes foi autuada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Ela foi presa em flagrante e liberada para responder em liberdade após pagar R$ 20 mil de fiança.
O caso segue sob investigação.